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SAÚDE

Sem medicação específica, médico alerta sobre cuidados para evitar transmissão do coronavírus

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O surto de coronavírus já provocou 106 mortes na China, onde o número de infectados passa de 4,5 mil. De todas as mortes até o momento, 100 foram registradas na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro da contaminação. Ao menos 15 países em quatro continentes já confirmaram casos importados da doença. 
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de suspeita da doença nesta terça-feira (28). Trata-se de uma estudante de 22 anos que viajou para Wuhan e chegou ao Brasil no último dia 24 de janeiro. Sem uma medicação específica, o médico infectologista do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, faz um alerta para evitar a contaminação pelo vírus que pode ter chegado ao país. 
Segundo o médico Fernando Chagas, o melhor caminho para evitar a contaminação pelo vírus é lavar as mãos sempre. “O grande segredo é ensinar a população a se prevenir, para se a doença chegar aqui a gente possa reduzir ao máximo a quantidade de casos e mortes causados pelo coronavírus. E a lavagem das mãos tem um impacto muito grande na diminuição do risco de transmitir essa doença”, destacou. 
De acordo com Fernando Chagas, a transmissão se dá por vias aéreas, por meio de gotículas. “Como essas gotículas são pesadas, ao tossir ou espirrar elas podem atingir até um metro e meio de distância. Mesmo assim o vírus fica sobre as superfícies e pode gerar a contaminação de quem tocar nessas superfícies”, disse. 
O médico alertou ainda para o fato de não se saber sobre a capacidade de contágio do coronavírus. “O Sarampo, por exemplo, tem uma capacidade de contágio muito alta, mais que o H1N1, chegando até 20 vezes mais. O que nos tranquiliza é que temos vacinas contra esse vírus. No caso do coronavírus, ainda não temos essa informação. E ainda em relação à letalidade, que é a capacidade de gerar a morte, não sabemos o seu alcance”, observou.
Fernando Chagas destacou ainda que os sintomas do coronavírus se parecem muito com os de uma gripe comum. Os sintomas, segundo ele, são febre, tosse, falta de ar e, em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave ou insuficiência renal. O infectologista também destacou para o período de incubação da doença que também pode contagiar.
“O primeiro período a gente chama de incubação que é longo e pode demorar até 15 dias. Nesse estágio, a pessoa pode transmitir o vírus mesmo sem saber que está com ele. Depois disso, começam alguns sintomas que parece com uma gripe comum como tosse, espirro, coriza, dor no corpo, dor muscular, febre intensa”, afirmou o infectologista.
Tratamento – Não existe um remédio disponível para combater o coronavírus de Wuhan. O tratamento recomendado é o de suporte dos sintomas da doença. Fernando Chagas disse ainda que os médicos e cientistas já conheciam o coronavírus por ser presente em animais como morcegos e algumas aves, revelando já tinham sido registrados algumas epidemias pequenas em 2002, inclusive no Brasil.
“Dessa vez é diferente porque é um vírus que aparece diferente, com mutação, fazendo com que a letalidade dele seja maior. Isso preocupa por ser um vírus de transmissão respiratória e aparentemente devastador”, destacou o médico.

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