Projeto mais recente em tributo à cantora é ‘Te Adorando Pelo Avesso’, de Illy; versão moderna das músicas conquistou fãs jovens
Hits chiclete surgem quase que diariamente, ainda mais em tempos de redes sociais com vídeos e coreografias que viralizam. Neste universo, porém, emplacar mais de um sucesso e se tornar referência na música não é para qualquer um. O que dirá ser lembrada mesmo depois de 40 anos, como Elis Regina. Nesta quarta-feira (19), faz quatro décadas que a cantora nos deixou precocemente, com apenas 36 anos.
A força de Elis, para muitos até hoje a maior cantora do Brasil, se reflete no legado deixado por ela. A obra da artista segue mais viva do que nunca, com as letras das canções atuais, e como inspiração para novos trabalhos de músicos consagrados e nomes da nova geração.
Marília Mendonça, que também partiu cedo, aos 26 anos, em novembro de 2021, exaltou a história de Elis em entrevistas mais de uma vez. Ainda no sertanejo, Maiara e Maraisa já soltaram a voz ao som de um dos maiores sucessos da eterna Pimentinha, Como Nossos Pais. Sandy, Didi Gomes e outras cantoras também tiveram a oportunidade de prestar homenagens.
O projeto mais recente e ousado feito em tributo a Elis é de Illy. Em entrevista ao R7, a cantora comentou sobre Te Adorando Pelo Avesso, que traz uma versão mais moderna das canções da artista. O álbum repercutiu entre um público mais jovem que ainda não conhecia Elis e passou a admirá-la.
“A ideia era fazer algo contemporâneo e diferente de tudo que grandes cantoras já fizeram. Me enchi de alegria e fiquei impressionada com muitas mensagens de uma turma jovem que me escreveu agradecendo por ter conhecido Elis através do meu álbum. Foi uma homenagem corajosa. Elis sempre será uma inspiração. Na hora de estudar, gravar, subir no palco… E tenho certeza que não só pra mim”, disse Illy, que, infelizmente, precisou cancelar os shows do tributo por conta da pandemia de Covid-19.
A cantora também ressaltou a grandeza da trajetória curta e avassaladora de Elis e avaliou as letras das músicas ainda atuais.
“Parece clichê mas Elis é mesmo atemporal. Sua voz segue ecoando e tantas cantoras da minha e de outras gerações têm o canto dela como referência. E como ela sabia escolher repertório… Senti de perto na escolha do que gravar em Te Adorando Pelo Avesso e, principalmente, notando que aquelas músicas funcionavam tanto para o momento”, afirmou.
“Quem não segue pedindo socorro ao marciano, querendo fugir deste planeta? É notório como nossa fauna e nosso país seguem precisando do alerta que é Querelas do Brasil. Eu acho que foi Elis que ensinou a música brasileira a viver e aprender a jogar. Bastava ela soltar a voz pra se notar que ela sempre foi e sempre será umas das artistas mais importantes do nosso país e sempre cantando o nosso país”, completou.
Nos 40 anos sem Elis, a artista será homenageada com documentários e uma história em quadrinhos, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. A previsão é que os três projetos sejam lançados entre o segundo semestre deste ano e o começo de 2023.