De 19 de dezembro a 18 de janeiro, 40 pessoas morreram com a doença no estado. Desse total, 32% deixaram de tomar a dose de reforço.
Cerca de 57,5% dos pacientes que morreram de Covid-19 no Amazonas, nos últimos 30 dias, não se vacinaram ou estavam com o ciclo de imunização incompleto.
Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), e são referentes ao intervalo de 19 de dezembro de 2021 a 18 de janeiro deste ano.
Neste período, 40 pessoas morreram no Amazonas com Covid-19. Entre elas, 20 não haviam tomado nenhuma dose da vacina, e três estavam com a segunda dose atrasada.
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Ainda segundo a FVS, outros 13 pacientes que não resistiram à doença já estavam no prazo de tomar a dose de reforço, mas, mesmo assim, não tomaram – ou seja, 32,5% dos óbitos.
Apenas quatro pessoas estavam com o ciclo vacinal completo, representando 10% das mortes registradas no período analisado.
Desde o começo da pandemia, até esta quarta (19), mais de 13,8 mil pessoas morreram com Covid-19 no Amazonas.
Especialistas têm alertado para o fato da nova variante ser mais transmissível do que outras cepas já conhecidas. Com isso, a vacinação tem sido mais importante do que nunca, especialmente para evitar casos graves e a sobrecarga do sistema de saúde.
“As vacinas têm protegido prioritariamente as pessoas contra hospitalizações e infecções graves ou críticas. No caso da ômicron, mesmo com capacidade de evasão ao sistema imune, a infecção é contida e a imunização com reforço contribui de forma robusta na proteção aos infectados”, explica o diretor-presidente da da Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD), o infectologista Marcus Guerra.
Terceira onda da Covid
O Amazonas vive uma nova explosão de casos da doença, desde o início do ano. Só nessa quarta-feira (19), foram confirmados mais de 7,5 mil novos diagnósticos positivos para a Covid-19 no estado.
É o maior número de infecções diária já registrado desde o início da pandemia no Amazonas.
Os não vacinadas também representam a maioria dos pacientes internados com Covid-19, no Amazonas. Conforme o boletim da Fundação de Vigilância em Saúde, dessa quarta (19), dos 369 pacientes internados com a doença, 202 não haviam se imunizado, e 25 tomaram apenas uma dose da vacina.
Entre os 82 internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 42 não estão vacinados e três tomaram apenas uma dose.
Apesar disso, graças ao avanço vacinação, o número de mortes segue em um patamar bem abaixo do que o visto no mesmo período do ano passado, quando o estado enfrentou a segunda onda da síndrome, com recordes de mortes e internações.
Atualmente, 55,8% da população amazonense tomou as duas da doses da vacina, enquanto 66,4% receberam ao menos uma dose do imunizante, conforme dados da FVS.
Entretanto, mesmo após um ano do início da vacinação no estado, sete municípios do interior do Amazonas ainda estão com a cobertura vacinal completa contra a Covid-19 abaixo dos 30%: Tabatinga, Ipixuna, Santa Isabel do Rio Negro, Codajás, Barcelos, Coari e Anori.
Predominância da Ômicron
Nessa quarta, a FVS confirmou que a variante ômicron é a grande responsável pela escalada da doença no estado, e já responde pelo maioria dos novos casos de Covid-19 confirmados.
Entre os casos submetidos ao sequenciamento genômico, os cientistas detectaram a ômicron em 93%.
Das 589 amostras processadas, 547 casos da infecção foram confirmados pela linhagem Ômicron, sendo 504 em Manaus, 24 do interior do Amazonas e 19 de outros Estados.
FONTEG1