Conexão Amazônica
MUNDO

Milei assina decreto para demitir até 7.000 funcionários públicos

Milei assina decreto para demitir até 7.000 funcionários públicos
( Foto: Reprodução )
Publicidade

Pacote do presidente argentino muda a lei do inquilinato, libera as taxas dos bancos, reduz proteção ao trabalhador e limita pensões

governo de Javier Milei oficializou, nesta terça-feira (26), a anulação dos contratos de até 7.000 funcionários públicos admitidos nas gestões anteriores como parte do plano de redução dos custos dos cofres públicos da Argentina. O objetivo é chegar a uma economia equivalente a 5% do PIB (Produto Interno Bruto).

O pacote incluído no decreto limita o direito a folgas, revoga a lei dos aluguéis, elimina regras de proteção aos trabalhadores e defesa do consumidor diante de aumentos abusivos de preços quando a inflação anual superar 160% e a pobreza, 40%.A canetada do presidente argentino também acaba com o limite para comissões cobradas pelos bancos e para as taxas punitivas, corta as taxas de planos de saúde privados e acaba com a lei que estabelecia aumentos trimestrais das pensões. Também abre caminho à privatização das empresas públicas e à conversão dos clubes desportivos em sociedades anônimas.

O decreto de Milei, contra o qual a Justiça já admitiu que há amparo coletivo de organizações civis, precisa ser referendado pelo Congresso, mas não foi incluído na pauta extraordinária.

As mudanças entram em vigor na sexta-feira, dez dias depois da assinatura de Milei, independentemente da análise do Congresso, que só pode aprová-lo ou vetá-lo em sua totalidade, sem mudar o conteúdo. Para frear as ideias de Milei, é necessário que tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado votem contra.

O partido de Milei, La Libertad Avanza (direita), tem 40 dos 257 deputados e sete dos 72 senadores, enquanto a oposição mantém a primeira minoria em ambas as câmaras.

As outras forças são três partidos de centro e direita da coligação Juntos pela Mudança, que têm a segunda minoria, além de uma pequena representação da esquerda e de outros grupos provinciais.

O Congresso da Argentina começa, nesta terça-feira (26), as sessões extraordinárias convocadas pelo presidente ultraliberal para debater as leis complementares ao megadecreto de desregulação da economia, que enfrenta resistência da oposição e das centrais sindicais. Esse grupo pede à Justiça que torne a decisão inconstitucional.

“Os deputados e senadores deverão escolher entre acompanhar a mudança para a qual votou o eleitorado ou seguir obstruindo e frear o processo”, disse nesta terça o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni.

O pacote complementar que o Congresso debaterá até 31 de janeiro inclui reformas impositivas, a lei eleitoral e as funções do Estado.Mas o foco está no decreto com mais de 300 leis que Milei assinou na semana passada e cujo conteúdo despertou protestos nas ruas, reações da oposição e a convocação de uma manifestação das centrais sindicais nesta quarta-feira (27) para chamar a atenção da Justiça.

Fonte: R7.COM

Publicidade

Leia mais

Pai se casa com a filha e ambos são presos

elayne

Otan reforça defesa da fronteira com a Ucrânia com aviões e navios

elayne

SpaceX quer instalar janela panorâmica no “nariz” da cápsula Dragon

Daly Ruiz

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais