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Chás-calmantes: entenda os efeitos da camomila, da erva-cidreira e da flor de maracujá e evite o uso incorreto

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Nutróloga alerta que os efeitos dos chás são geralmente mais sutis que os dos fármacos e o uso deles deve ser complementar, não substitutivo, em quadros psiquiátricos moderados a graves.

Oferecer um chá é um gesto comum em muitas culturas pelo mundo, cada uma com seus significados, rituais e tradições. No Brasil, o “chazinho” é mais usado para a saúde e aconchego. E pensar que um chá pode acalmar não é somente crença popular, mas é algo que tem fundamento científico.

Alguns chás podem ter um efeito positivo na busca pelo combate ao estresse, como os de camomila, melissa e flor de maracujá., entre outros. E desestressar é essencial para evitar doenças e viver com mais equilíbrio, clareza mental e bem-estar.

Por serem naturais, eles auxiliam no combate ao estresse, ansiedade leve e insônia inicial, explica a nutricionista clínica funcional Nathali Loyola. “Eles possuem compostos bioativos que atuam em mecanismos neuroquímicos e fisiológicos relacionados à regulação do sistema nervoso central e do sistema nervoso autônomo”, explica.

“Uma única planta medicinal não fará efeito sozinha. É preciso um equilíbrio em todo estilo de vida do indivíduo. Os estudos servem para nos assegurar que o consumo é seguro em infusões, para alívio dos sintomas como ansiedade, estresse, insônia e agitação. Eles não possuem efeitos colaterais, mas antes de usar qualquer chá, procure sempre um profissional da saúde habilitado para orientar”, afirma Loyola.

 

Nutricionistas e nutrólogos ouvidos pelo g1 explicaram como alguns chás calmantes agem no organismo. Entenda:

1.Camomila

Amplamente usado para o relaxamento, alivia dores tensionais e desconfortos gastrointestinais relacionados ao estresse. É rico em apigenina, flavonoide que se liga a receptores que, quando aumentados, promovem o relaxamento e sedação leve.

O efeito calmante ocorre no uso contínuo, trazendo uma qualidade melhor do sono e tensões musculares.

2.Erva-cidreira (melissa)

Conhecida como ansiolítico leve natural, possui ácido rosmarínico, que reduz a liberação de cortisol e o impacto do estresse oxidativo no sistema nervoso. Seu uso pode gerar mais sensação de bem-estar, além de induzir ao sono de forma mais rápida e a menos despertares noturnos. Seu uso contínuo tem função coadjuvante na proteção cognitiva, foco e clareza mental de quem vive sob estresse.

3.Flor de maracujá (passiflora)

Seu efeito tranquilizante atua diretamente sobre o sistema nervoso central, sendo indicada em casos de insônia leve. Diversos artigos comprovam sua ação ansiolítica. Muitas pessoas pensam que é o fruto que tem essa ação, mas sua flor que concentra o maior benefício.

O flavonoide vitexina promove uma pequena sedação e redução da hiperatividade mental e a isovitexina que contribui para um sono relaxante. Seu uso contínuo pode trazer sensação de tranquilidade progressiva ao longo dos dias e menos hiperatividade e pensamentos acelerados.

4.Anis estrelado

Possui anetol, que modula o sistema nervoso central, além de agir nos receptores dopaminérgicos, favorecendo o equilíbrio emocional. As carminativas antiespasmódicas relaxam a musculatura lisa do intestino. Seu uso promove uma redução suave de tensão emocional e inquietação; melhora o sono e a digestão. 90% da nossa serotonina é produzida no intestino e ela é essencial para a produção de melatonina, hormônio que regula o sono.

5.Valeriana

Apresenta resultados positivos no tratamento complementar de insônia e ansiedade, com ação sobre neurotransmissores que regulam o humor.

6.Hortelã

Embora não seja sedativa por si só, contribui para o bem-estar geral, aliviando desconfortos físicos que podem atrapalhar o relaxamento, como dores de cabeça ou má digestão.

Efeitos comprovados, mas sutis

 

Segundo o nutricionista especialista em Nutrição Clínica Funcional Guilherme Rodrigues Miranda Lopes, os de camomila, valeriana e passiflora são amplamente os mais estudados em pesquisas clínicas.

A médica nutróloga Aline Rodrigues Zanetta, membro do comitê científico da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), acrescenta que os efeitos dos chás são geralmente mais sutis que os dos fármacos, e o uso deles deve ser complementar, não substitutivo, em quadros psiquiátricos moderados a graves.

Foto: Reprodução

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