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Julho Amarelo alerta para riscos das hepatites virais e reforça importância da prevenção e testagem no Amazonas

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A campanha Julho Amarelo chama atenção da sociedade para a prevenção e combate às hepatites virais, um grupo de doenças que afetam o fígado e que, na região amazônica, apresentam índices ainda mais elevados de prevalência. No Amazonas, especialistas alertam para a importância da testagem precoce, da vacinação e da adoção de hábitos de higiene como formas essenciais de prevenção.

De acordo com o infectologista e pesquisador Noaldo Lucena, que atua na Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), as hepatites virais são inflamações causadas por vírus que têm um “tropismo” — ou seja, uma afinidade — pelo tecido do fígado. Os tipos mais conhecidos são os vírus A, B, C, D e E, com formas distintas de transmissão e diferentes níveis de gravidade.

“As hepatites B e C merecem atenção especial, pois têm maior potencial de evoluir para a cronicidade, cirrose hepática e até levar a óbito. Os sintomas podem ser inespecíficos, como febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos, mas também incluem sinais mais característicos como a urina escurecida, parecida com cor de coca-cola, e fezes esbranquiçadas, como massa de vidraceiro”, explica Lucena.

As hepatites A e E têm transmissão fecal-oral, geralmente por meio de água e alimentos contaminados. Já a hepatite B, considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), pode ser transmitida por relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho, pelo uso de drogas injetáveis e pelo contato com sangue ou secreções infectadas. A hepatite C, apesar de ter uma transmissão mais associada a objetos cortantes e seringas, também pode ocorrer sexualmente em casos de múltiplas exposições. A hepatite D, por sua vez, depende da presença do vírus B para se replicar no organismo.

A testagem gratuita está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Serviços de Pronto Atendimento (SPA), especialmente quando houver sintomas. Segundo o especialista, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações mais graves e impedir a evolução da doença de forma silenciosa.

“A campanha é fundamental para lembrar a população que estamos lidando com doenças evitáveis. Muitas delas podem ser prevenidas com vacinas e atitudes simples, como lavar bem as mãos, consumir água potável e utilizar utensílios esterilizados. A participação da sociedade é essencial: se vacinar e manter bons hábitos de higiene é uma forma de proteger a si mesmo e de evitar a sobrecarga dos serviços de saúde”, destaca Noaldo Lucena.

Para Wladia Maia, presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado do Amazonas (SINDSEMP-AM), a campanha também tem um papel educativo dentro dos próprios espaços de trabalho e nas instituições públicas.

“Vivemos um momento em que é urgente reforçar o papel da prevenção dentro e fora das instituições. Como servidores públicos, temos o compromisso de levar informação de qualidade à população e também de cuidar da nossa própria saúde. A hepatite é uma doença silenciosa e perigosa, mas a informação é uma aliada poderosa para salvar vidas”, afirma.

Com ações educativas, oferta de testagem e reforço na vacinação, o Julho Amarelo busca transformar a informação em atitude. A meta é clara: reduzir os índices da doença, prevenir novas infecções e garantir que a população amazonense tenha acesso a uma saúde mais segura e de qualidade.

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