Especialistas reforçam o papel fundamental da figura paterna no desenvolvimento emocional e na formação da personalidade infantil
No segundo domingo de agosto, o Brasil celebra o Dia dos Pais. Para muitos, a data é sinônimo de almoço em família, lembranças afetivas e homenagens ecoando laços construídos ao longo da vida. Mas, por trás dos presentes e das mensagens carinhosas, há uma pauta de extrema relevância que merece espaço nesta data: a presença real, afetiva e constante da figura paterna na vida dos filhos.
Ao longo das últimas décadas, a ideia de paternidade passou por transformações significativas. Antes, o pai era visto majoritariamente como provedor financeiro e figura de autoridade rígida. Atualmente, a sociedade e a psicologia reconhecem o valor da participação emocional ativa na criação dos filhos.
A presença masculina, nesse contexto, não é apenas física. Trata-se de estar disponível emocionalmente, saber ouvir, oferecer afeto, limites e segurança. Esse papel é tão importante que pode influenciar diretamente no desenvolvimento psicológico das crianças.
“Os pais têm uma função simbólica e emocional fundamental na estrutura psíquica da criança. Eles representam a figura que organiza, ajuda a delimitar os espaços entre o eu e o outro e apresenta o mundo externo com seus desafios e limites”, explica a Responsável Técnica da Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE, Alcilene Moreira.
De acordo com a profissional, a ausência paterna, seja física ou emocional, pode gerar lacunas importantes na constituição subjetiva dos filhos. “Quando essa figura está ausente, é comum vermos impactos na autoestima, nas relações interpessoais e até na forma como a criança vai lidar com frustrações e regras no futuro”, pontua.
Conforme a psicologia do desenvolvimento, é na convivência com os pais que a criança aprende a regular suas emoções, entender os próprios limites e desenvolver empatia. Quando o responsável brinca, conversa, dá colo e também diz “não” em momentos necessários, ele está ajudando a formar um adulto emocionalmente mais estável e preparado para o mundo.
Em tempos onde se discute com mais profundidade a equidade de gênero e as responsabilidades parentais, é urgente desconstruir a ideia de que cuidar, acolher e educar são papéis exclusivos das mães. “A presença masculina não é um complemento, é uma necessidade. Ela contribui para o equilíbrio emocional da criança e fortalece o vínculo familiar como um todo”, reforça Alcilene Moreira.
Conheça a Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE
Localizada na Av. Getúlio Vargas, Centro, a Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE oferece o serviço de psicoterapia individual, escuta emergencial, psicodiagnóstico, ludoterapia e estimulação cognitiva para os públicos interno e externo (crianças a partir de sete anos e adultos até 70 anos). Os atendimentos são realizados por profissionais especializados ou alunos, sempre supervisionados por professores. O serviço tem um valor simbólico e pode ser marcado pelo WhatsApp (92) 3212-5169 ou presencialmente na unidade.