- No programa Restaura Amazônia, R$ 13,6 milhões serão destinados para restauração ecológica de 1.200 hectares da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes
- Pelo Sanear Amazônia, R$ 9 milhões serão destinados à implantação de tecnologias sociais para acesso à água para consumo humano e produção de alimentos
- Mais R$ 24 milhões serão destinados para o Amazônia na Escola, programa que apoia a agricultura familiar e a compra de seus produtos para a rede pública de ensino
- Valor aprovado pelo Fundo Amazônia para o Acre chegou a R$ 155 milhões apenas entre 2023 e 2025.
O Fundo Amazônia vai destinar mais R$ 46,6 milhões para três projetos com atuação no estado no Acre. Os projetos foram anunciados nesta sexta-feira, dia 8, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), durante evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na capital acreana. Gerido pelo BNDES, sob coordenação do MMA, o Fundo Amazônia já viabilizou, desde sua criação, R$ 260,80 milhões para o Acre, sendo que R$ 155 milhões desses recursos foram destinados no atual governo, a partir de 2023.
Os projetos que foram assinados hoje vão contribuir para o reflorestamento da região, para ampliar oferta de água potável e para produção sustentável, aquisição e consumo de alimentos saudáveis na rede pública de ensino do Acre. O BNDES foi representado no evento pela diretora de Pessoas, TI e Operações, Helena Tenório. Juntos, os três projetos somam R$ 46,6 milhões.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
“Os números mostram a prioridade e o compromisso do presidente Lula com o desenvolvimento sustentável. Neste governo, o Fundo Amazônia entrou em um novo ciclo. Mudou o patamar de atuação, com ganhos de escala, novo ritmo de aprovação, projetos estruturantes e ações que chegam na ponta”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
No valor de R$ 9 milhões, o Projeto Memorial Chico Mendes – Sanear Amazônia – Água Potável para Comunidades da Amazônia vai implantar tecnologias sociais de acesso à água de qualidade para consumo humano e produção de alimentos, viabilizando a produção sustentável, segurança alimentar e geração de renda de populações tradicionais na região. No Acre, o programa vai beneficiar 282 famílias.
O Sanear Amazônia do Memorial Chico Mendes foi um dos três projetos selecionados na chamada pública realizada em parceria do MMA, BNDES e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e conta com R$ 150 milhões do Fundo Amazonia para atender, além do Acre, os estados do Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia.
Também foi anunciado o resultado da seleção do programa Restaura Amazônia para restauração ecológica de 1.200 hectares da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes. Serão destinados R$ 13,6 milhões para a atividade. Os projetos selecionados são o da instituição SOS Amazônia, no valor de R$ 6,1 milhões, com área a ser recuperada de 200 hectares; e o da Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil, no valor de R$ 5,5 milhões, para restaurar 1.000 hectares. O custo de restauração é diferente entre os projetos pois são usadas técnicas diferentes de restauro. Estes projetos têm, ainda, quase R$ 2 milhões em contrapartida, somando apoio de R$ 13,6 milhões.
O Restaura Amazônia – parceria do BNDES, MMA e instituições apoiadoras – é uma iniciativa de restauração ecológica dedicada a reconstruir o chamado Arco do Desmatamento da Amazônia e transformá-lo no Arco da Restauração. Nesse território, o reflorestamento construirá um cinturão de proteção do bioma, que envolve territórios de sete estados amazônicos desde o Acre até o Maranhão. A iniciativa conta com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia e visa restaurar unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, APP e reservas legais de assentamentos e pequenos produtores rurais. Desde seu lançamento em meados de 2024, já foram lançados nove editais. O Programa visa restaurar 15 mil hectares de vegetação nativa nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão.
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