Milhares de pessoas se alistaram nas forças militares da Venezuela para enfrentar um possível ataque do Estados Unidos. Mulheres, aposentados e funcionários públicos foram convocados para se alistarem. O presidente Nicolás Maduro, pediu a abertura de registro da Milícia Bolivariana, que é formado na maior parte por civis e integrado às forças armadas.
Os Estados Unidos vai posicionar três navios em águas internacionais diante da costa da Venezuela e afirma que a ação é para combater o narcotráfico. O Milicianos sobre a orientação de Maduro montaram pontos estratégicos para o cadastro dos civis, entre eles está o palácio de Caracas.
“Você já serviu antes?”, perguntou uma miliciana uniformizada a Óscar Matheus, que aguardou pacientemente na fila. “Estou aqui para servir ao nosso país”, disse à AFP esse auditor, de 66 anos. “Não sabemos o que pode acontecer, mas temos que nos preparar e continuar resistindo. A pátria nos chama, o país precisa de nós”, expressou Rosy Paravabith, de 51.
Em 2020 a Milícia bolivariana possuía cerca de 343 mil integrantes, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS). Porém, Maduro informou que somente a Milícia contava com, milhões de soldados. Após a abertura para cadastro de civis não se sabe ao certo quantas pessoas compõem a grupo, que tem tem sua politização bastante clara.
Depois de inscritos os voluntários passam por uma sala onde assistem a um documentário sobre o bloqueio de nações euro peias à costa venezuelana em 1902 e1903, após a recusa do presidente, Cipriano Castro em pagar a dívida externa do país. Na sala seguinte um tenente explica aos novatos o poder de fogo de cada armamento, o alcance e espaço onde cada um deve ser usado.
Uma recompensa foi pedida pela cabeça de Nicolas Maduro que é acusado de liderar um grupo do narcotráfico conhecido como Cartel dos Sóis.
Foto:Pedro Mattey/AFP