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“Manteiros” argentinos vendem o que têm nas ruas para sobreviver à crise

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Em bairro onde nasceu Maradona, moradores recorrem ao improviso em meio à recessão

Em Villa Fiorito, bairro popular de Buenos Aires onde nasceu Diego Maradona, o improviso virou regra. Em meio à crise e à falta de empregos, cada vez mais argentinos montam suas “mantas” nas ruas para vender o que têm — roupas, panelas, ferramentas, comida e até objetos encontrados no lixo.

“Nos fins de semana, como o dinheiro não dá, viemos aqui para estender a manta”, conta Gladys Gutiérrez, de 46 anos, que vende roupas e perfumes usados.

O governo de Javier Milei conseguiu derrubar a inflação, mas à custa de cortes profundos: suspensão de obras públicas, retração do comércio e da indústria e desemprego crescente. Com 40% da força de trabalho na informalidade, muitos sobrevivem com vários bicos.

Segundo a consultoria Aresco, três em cada quatro argentinos dizem que está mais difícil fechar o mês do que em 2023.

O economista Guillermo Oliveto resume: “Setenta por cento da população chega ao fim do mês no dia 15”.

A consultoria IETSE mostra que nove em cada dez famílias estão endividadas — e 58% dessas dívidas são com cartão de crédito usado para comprar comida.

O sociólogo Matías Mora, morador da região, cunhou o termo “manteiros digitais” para definir quem agora vende produtos pelas redes sociais e grupos de WhatsApp. “É uma forma de sobrevivência, não de empreendedorismo”, explica.

Foto: Luis Robayo/AFP

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