Categoria teme perda de empregos e queda na segurança do trânsito; governo promete redução de custos
Instrutores e funcionários de autoescolas saíram às ruas de Manaus, nesta quinta-feira (23), para protestar contra a decisão do governo federal que prevê o fim da obrigatoriedade das autoescolas no processo para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O protesto começou em frente ao Complexo de Exame de Direção Veicular, no bairro Santa Etelvina, zona norte da cidade. Em seguida, um comboio de veículos de autoescola percorreu pontos estratégicos como a Prefeitura de Manaus, a sede do Governo do Amazonas e a Assembleia Legislativa (Aleam).
“Estamos abertos a ouvir a sociedade, mas queremos simplificar o processo e diminuir custos”, disse o ministro.
A mobilização faz parte de um movimento nacional da categoria, que teme demissões em massa e impactos na segurança viária. Segundo os manifestantes, o fim da exigência das aulas práticas e teóricas em autoescolas poderá aumentar o número de acidentes nas cidades.
O governo federal defende que a medida vai reduzir a burocracia e os custos do processo. O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o objetivo é “ampliar o acesso e promover justiça social”, estimando redução de até 80% no valor da CNH.
A proposta foi autorizada pelo presidente Lula no dia 1º de outubro e está em fase final de planejamento no Ministério dos Transportes, com previsão de oficialização em novembro.
Enquanto isso, o setor de autoescolas promete manter a mobilização. “Não somos contra mudanças, mas o fim da obrigatoriedade pode comprometer a formação de novos motoristas e colocar vidas em risco”, afirmou um dos instrutores presentes no protesto.
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