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Casos de coqueluche disparam e reforçam alerta para vacinação

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Brasil registra o segundo maior número de casos de coqueluche desde 2019, com destaque para infecções em crianças menores de cinco anos

A coqueluche, infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, doença que havia sido controlada no Brasil, voltou a preocupar em todo o continente americano. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), o ano de 2025 registrou o segundo maior número de casos da doença no Brasil, desde 2019. Esse cenário de crescimento das ocorrências acende um alerta para o incentivo à vacinação, que é a principal forma de prevenção, de acordo com a médica infectologista pediátrica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Sylvia Freire.

Com maior potencial de gravidade em menores de um ano, a doença pode causar infecções em pessoas de todas as idades. “Dessa forma, é imprescindível a vacinação em crianças e também a aplicação de reforços na adolescência e na fase adulta”, explica Sylvia.

Infecção respiratória aguda caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, a coqueluche é altamente contagiosa e apresenta crescimento em todo o continente americano, segundo relatório da OPAS. No Brasil, até meados do mês de setembro de 2025, foram registrados 2.173 casos de coqueluche e sete óbitos. A coqueluche apresenta alta prevalência entre crianças muito jovens: 27,7% dos casos ocorrem em menores de 1 ano, seguidos por 25,5% em crianças de 1 a 4 anos.

Embora não haja dados consolidados sobre a doença no Amazonas em 2025, o aumento de casos em nível nacional — reportado pela OPAS — mantém o estado em alerta para a importância da vacinação, já que, em 2024, foram confirmados cinco casos da doença, sendo quatro em Manaus e um em Iranduba, conforme a Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto.

“O esquema primário de imunização deve ser iniciado aos 2 meses de vida, com novas doses aos 4 e 6 meses e reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Devem ser aplicadas outras doses de reforço ao longo da vida, conforme faixa-etária e histórico prévio de imunização. Gestantes merecem especial atenção e devem ser vacinadas para oferecer proteção a seus bebês nos primeiros meses de vida, até que possam ser imunizados”, destaca a especialista do Sabin.

Adultos responsáveis pelo cuidado de crianças de baixa idade devem manter atualizada a vacinação para evitar infecções naquelas que ainda não atingiram idade para iniciar ou completar o esquema vacinal e têm maior risco de doença grave. Em muitos casos, bebês adquirem a infecção a partir do contato com irmãos mais velhos, pais, avós e cuidadores que apresentam sintomas leves e, infelizmente, demoram a chegar ao diagnóstico.

“Como a proteção conferida pela vacina dura cerca de 5 a 10 anos, são necessários reforços na adolescência e idade adulta”, alerta a infectologista pediátrica. A vacina para adultos em geral (sem ocupações específicas e fora da gestação e puerpério) está disponível apenas na rede particular, como as unidades do Sabin em Salvador, Lauro de Freitas e Barreiras. A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto acelular) pode ser utilizada para início do esquema de imunização ou reforço em adultos, conforme histórico prévio. Para indivíduos que pretendem viajar para áreas endêmicas de poliomielite, a dTpa+VIP, que combina a proteção contra poliomielite, pode substituir a dTpa.

 

Tratamento

O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibiótico, que ajuda a reduzir a gravidade dos sintomas quando iniciado precocemente. Cuidados de suporte, como hidratação e controle da febre, são igualmente importantes, indica Sylvia. “Todo o tratamento deve ser orientado por um médico, visando evitar complicações”, finaliza a infectologista.

Foto: Freepik

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