Os Estados Unidos ampliaram a presença militar no Caribe e na América Central em uma operação que o governo de Donald Trump justifica como combate ao narcotráfico, mas que analistas avaliam como uma estratégia de pressão direta sobre o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Navios, aeronaves e tropas norte-americanas foram deslocados para a região. Entre os reforços, está o porta-aviões USS Gerald Ford, o maior do mundo. A ação ocorre após Washington dobrar para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado de chefiar o Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista internacional.

Em pouco mais de um mês, os EUA afirmam ter destruído 18 embarcações ligadas a cartéis no Caribe e no Pacífico, resultando em 70 mortes. O presidente Trump sustenta que cada ataque “salva 25 mil vidas americanas” e sinaliza a possibilidade de ofensivas terrestres.
Segundo fontes citadas pelo New York Times, há várias opções militares em análise, incluindo ações contra autoridades venezuelanas e medidas de controle sobre o petróleo do país. Já a revista The Atlantic relata que Maduro estaria disposto a negociar uma saída do poder, em troca de anistia e segurança no exílio — movimento que a Rússia diz estar pronta a apoiar.
O cerco inclui bombardeiros B-52 sobrevoando a Região de Informação de Voo da Venezuela e helicópteros da unidade de elite “Night Stalkers”, famosa pela operação que matou Osama Bin Laden em 2011.
O chanceler Mauro Vieira afirmou que o presidente Lula deve manifestar “solidariedade regional” à Venezuela na próxima cúpula Celac-UE, prevista para este domingo (9).
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