A preocupação com o tamanho e a forma do pênis é comum entre homens, impactando a autoestima, a confiança e o desempenho sexual. A busca por métodos de aumento peniano reflete o desejo de muitos em melhorar a funcionalidade e a percepção da masculinidade.
Estima-se que cerca de metade dos homens gostaria de ter um pênis maior, o que pode gerar ansiedade. O tamanho médio do pênis flácido, incluindo a circunferência, é de aproximadamente 9 cm, mas existe uma variação considerável nessa medida.
A indústria do aumento peniano tem crescido, oferecendo produtos e procedimentos que prometem aumentar o tamanho, melhorar a aparência e aprimorar a função sexual. É essencial que pacientes e profissionais de saúde tenham acesso a informações precisas sobre as diferentes técnicas, permitindo decisões informadas sobre o aprimoramento peniano.
Alguns homens sofrem de transtorno dismórfico peniano, caracterizado por ansiedade extrema com o tamanho do órgão genital. Essa condição psiquiátrica requer tratamento especializado, e a cirurgia é geralmente contraindicada nesses casos.
Técnicas Não Cirúrgicas
As técnicas não cirúrgicas são frequentemente a primeira opção para homens que desejam aumentar o tamanho do pênis. Geralmente menos invasivas, apresentam um menor risco de complicações. No entanto, a eficácia pode variar e os resultados podem ser limitados.
Extensores penianos aplicam tração suave e constante ao pênis por um período prolongado. Estudos indicam um aumento médio de 1 a 1,5 cm no comprimento, tanto em estado flácido quanto ereto. Requerem disciplina, pois os resultados levam meses. A tração diária de 4 a 6 horas é necessária, dificultando a adesão. O tamanho tende a reduzir quando o uso é interrompido. Complicações incluem irritação da pele, dor crônica, hematomas e formigamento.
Bombas de vácuo aumentam o fluxo sanguíneo para a região, resultando em uma ereção temporária. Indicadas para tratar disfunção erétil, não aumentam o tamanho do pênis permanentemente. O aumento de vascularização é temporário, e as bombas de vácuo podem gerar lesões nos tecidos penianos e entorpecimento local.
Preenchedores, como ácido hialurônico, aumentam a circunferência. Os resultados são imediatos, mas temporários, durando de meses a um ano e meio, com um ganho de cerca de 2 cm na circunferência, sem alterar o comprimento. Apresentam baixo risco de complicações, mas podem causar inchaço, hematomas e irregularidades na pele, necessitando remoção com hialuronidase.
A lipoenxertia (preenchimento com gordura da própria pessoa) apresenta riscos de fibrose, irregularidades permanentes e migração da gordura. A injeção de polimetilmetacrilato pode gerar inflamação local crônica. O preenchimento peniano com ácido hialurônico é o preenchedor de escolha, mas relatos de necrose de pele e do pênis exigem que o procedimento seja realizado por um urologista experiente.
Medicamentos e suplementos são comercializados como promotores do crescimento peniano, mas não possuem comprovação científica de eficácia e podem apresentar riscos à saúde. É fundamental consultar um médico antes de utilizá-los.
Cirurgias para Aumento Peniano
As técnicas cirúrgicas são reservadas para homens com condições específicas, como micropênis, ou para aqueles que buscam resultados mais significativos e duradouros. São procedimentos invasivos que apresentam riscos e podem resultar em complicações.
A liberação dos ligamentos penianos visa aumentar o comprimento do pênis em estado flácido. A liberação do ligamento fundiforme não causa problemas na angulação da ereção, mas a liberação do ligamento suspensor pode resultar em ereção com angulação para baixo, sendo raramente indicada. O ganho de comprimento é, em média, de 2,0 a 2,5 cm. Complicações incluem hematoma e infecção da ferida cirúrgica.
A retirada da gordura púbica remove o excesso de gordura na região púbica, sendo a dermolipectomia mais eficiente que a lipoaspiração. Geralmente, a dermolipectomia é usada em conjunto com a liberação do ligamento fundiforme.
O engrossamento do pênis é possível por meio de retalhos locais. Os retalhos escrotais são comumente usados, e uma técnica recente (Dart-Vag) utiliza tecido escrotal e o tecido que recobre os testículos para um resultado mais espesso e bem vascularizado.
Para homens com pênis embutido, a combinação de técnicas pode ser tentada. Para quem deseja apenas medida no comprimento, a liberação do ligamento fundiforme pode ser suficiente. Para o engrossamento, o preenchimento com ácido hialurônico ou o uso de retalhos escrotais são alternativas, e as técnicas podem ser combinadas.
Para homens com micropênis ou pênis amputado, ou para homens trans, os procedimentos descritos podem ser insuficientes e cirurgias mais extensas são necessárias.
A faloplastia cria um novo pênis utilizando tecidos de outras partes do corpo, sendo frequentemente realizada em homens transgêneros ou em homens que sofreram amputação peniana. Pode proporcionar um pênis de tamanho e aparência mais próximos do natural, permitindo a função sexual e urinária, mas é uma cirurgia complexa que requer múltiplas etapas e apresenta um risco significativo de complicações.
A Mobilização Total dos Corpos Cavernosos (TCM) aumenta o comprimento do pênis através da liberação dos corpos cavernosos de suas fixações ósseas, com resultados promissores e preservação da sensibilidade.
Riscos e Expectativas
O aumento peniano é uma questão complexa que envolve uma variedade de técnicas, cada uma com suas próprias indicações, resultados e limitações. A consulta com um urologista especializado em reconstrução cirúrgica é essencial para avaliar a elegibilidade para diferentes técnicas, discutir os resultados esperados e tomar uma decisão informada sobre o tratamento mais adequado.
Futuro
A pesquisa e o desenvolvimento de novas técnicas continuam. Estudos futuros devem avaliar a eficácia e a segurança de técnicas emergentes, como a terapia com células-tronco e a engenharia de tecidos, bem como otimizar as técnicas existentes. Estudos clínicos rigorosos e de longo prazo são necessários para avaliar o impacto das diferentes técnicas na função sexual, na qualidade de vida e na saúde mental dos pacientes.
Fonte: saude.abril.com.br


