Bloco europeu deve manter as portas fechadas para viajantes vindos dos países onde a pandemia do novo coronavírus continua sem controle
As fronteiras da União Europeia serão reabertas para turistas de várias partes do mundo no próximo dia 1º de julho. O bloco, no entanto, deve manter as portas fechadas para viajantes vindos dos países onde a pandemia do novo coronavírus continua sem controle, e isso inclui os EUA, a Rússia e o Brasil.
Segundo uma reportagem do jornal norte-americano New York Times, dirigentes do bloco europeu esperam aprovar nos próximos dias a reabertura das fronteiras para turistas, incluindo uma lista de países que não serão bem-vindos neste primeiro momento.
No caso dos EUA, país mais afetado no mundo, com mais de 2,3 milhões de casos confirmados de covid-19 e 121 mil mortes, a medida serviria também como uma retaliação contra o presidente Donald Trump, que bloqueou a entrada em seu território para todos os europeus no auge da crise no continente em março.
Quem pode e quem não pode
Segundo o Times, a UE está se decidindo entre duas listas de países cujos viajantes poderão entrar. Ambas incluem a China, onde a pandemia se originou, mas já foi controlada, e países em desenvolvimento que conseguiram bons resultados no combate ao coronavírus, como Uganda, Vietnã e Cuba. Os EUA seriam barrados em ambas.
Ainda de acordo com a reportagem, os governos dos EUA, Rússia e Brasil, os três países com mais casos de covid-19, teriam apresentado os mesmos problemas no combate à pandemia: fizeram pouco caso no início da propagação, duvidaram dos avisos de cientistas e viram os casos explodirem enquanto diminuíam em outros locais.
Juntos, eles concentram 4 milhões das quase 9,2 milhões de infecções registradas no mundo todo, ou 44% do total mundial, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.
A lista será revisada de 15 em 15 dias após a abertura das fronteiras, para atualizar os números de todos os países. Em 1º de julho, as fronteiras entre os países do bloco também serão reabertas por completo pela primeira vez desde março.