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Vereador do AM é acusado de estuprar adolescente

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Nesta sexta-feira (14), acontecerá uma audiência para decidir se Jullisson Tavares (PSL) terá o seu mandato cassado

Urucurituba (AM) – O vereador Jullison Samir Tavares Maciel (PSL), conhecido como ‘Oncinha’, do município de Urucurituba foi convocado, em caráter de urgência, para uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Urucurituba, para discutir a cassação do mesmo, por procedência da denúncia de suposto estupro de vulnerável contra uma adolescente de 15 anos.

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O caso foi divulgado no segundo semestre de 2021, quando a denúncia foi deferida na Câmara do Município, após o tio da vítima registrar Boletim de Ocorrência, no dia 11 de agosto de 2021 na delegacia local da região.

  Segundo informações relatadas pela família da vítima durante depoimento, o prefeito teria aproximado da mãe da adolescente por motivos de trabalho, alegando ter interesse em tratar de negócios com a família. A partir disso, Julisson teria conseguido o contato da jovem e iniciado uma conversa demonstrando interesse.  

Nos relatos da jovem, o vereador teria começado a aparecer em sua residência sem comunicar ninguém e adentrando sem autorização. Durante as “visitas”, o mesmo passou a abusar sexualmente dela, chegou a ameaçar verbalmente e bater no rosto da jovem por suas recusas às investidas dele. Jullisson também ofereceu dinheiro para que ela não contasse para sua família sobre os abusos.

Nas informações divulgadas pelo relatório final da casa legislativa de Urucurituba acerca do caso, a menor comunicou a sua família ter sofrido abuso sexual, mediante ato sexual forçado pelo vereador, e que este durante todo o mês de maio do ano corrente, teria entrado na casa onde reside a menor, sem autorização, consumando o ato. 

No depoimento do denunciado, Jullison Samir Tavares Maciel declarou conhecer a menor. Ao ser questionado se teve algum tipo de relacionamento amoroso com a jovem ele afirmou que sim e disse que teve relações sexuais com a mesma, mas que não houve qualquer tipo de violência durante o ato, tendo tudo ocorrido de forma consensual.

O caso foi registrado e a Polícia Civil do Amazonas iniciou as investigações do ocorrido. Além disso, à pedido do Ministério Público do Amazonas, a Câmara iniciou um processo de pedido de cassação do mandato do vereador. Segundo o relatório da casa legislativa, foi recomendado um pedido de convocação do julgamento do caso, alegando que a acusação é um motivo de vergonha para todos. 

A manutenção na Câmara de um vereador que atua nessas condições, realmente envergonha esta Casa Legislativa e restando comprovada a prática indecorosa do Vereador Jullisson Samir Tavares Maciel, concluímos pela procedência da acusação

, foi salientado em trecho do documento.

De acordo com fontes do município, após a denúncia, o vereador ficou foragido da justiça. Logo em seguida, foi liberado um pedido de liberdade provisória para o mesmo, além da abertura de um processo disciplinar, até a Câmara concluir o processo do pedido da sessão ordinária, que ocorrerá na próxima sexta-feira, 14 de janeiro de 2022, às 9h.

A equipe do Em tempo, entrou em contato com a Polícia Civil do Amazonas para obter mais informações acerca das investigações do caso e em nota responderam que: 

“Conforme a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), as investigações sobre o caso mencionado na sua são sigilosas e mais informações não podem ser repassadas para não atrapalhar os trabalhos policiais”. 

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