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Restaurantes e bares de SP passam a pedir o passaporte da vacina

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Ainda não se trata da maioria dos estabelecimentos. Medida foi adotada após o avanço da transmissão da variante Ômicron

Com o avanço da variante Ômicron do coronavírus, alguns bares e restaurantes na cidade de São Paulo começaram a adotar a exigência do comprovante de vacinação de seus clientes. Ainda não se trata de maioria expressiva dos estabelecimentos – que até o momento preferem adotar os procedimentos obrigatórios do Plano São Paulo de combate à Covid-19, como o distanciamento entre as mesas, a oferta de álcool em gel e o uso de máscara.

Pela lei, o comprovante das duas doses da vacina na capital paulista não é obrigatório nesse setor. O passaporte deve ser exigido em festas, bailes e outros eventos semelhantes em clubes e casas noturnas, independentemente da lotação. O passaporte vacinal também é obrigatório em shows, feiras, congressos, jogos e outras atividades da área de eventos.

O Drosophyla Bar, no centro, é um dos que passaram a exigir o comprovante da vacina de seus clientes. A casa, inclusive, não deixa barato a ironia de alguns negacionistas em seu perfil no Instagram: “Kkk se a vacina impedisse a transmissão…!!!”, escreveu uma seguidora do bar. “Não impede, não. Mas, como tenho certeza que você sabe, a vacinação reduz a probabilidade de transmissão”, respondeu a administradora do perfil da casa.

Cinto de segurança

“Ensaiei pedir [passaporte] ano passado. Já era algo que queria fazer. Estou feliz com os resultados. Na sexta passada, só 4% dos meus clientes estavam sem comprovante. Quem não estava voltou para casa”, diz Lilian Varella, proprietária do Drosophyla. “Minha analogia é o cinto de segurança. Você não sabe se vai bater o carro, mas usar o cinto ajuda você a não morrer. Vacina pode não proteger 100%, mas ajuda a não morrer.”

Já o Cuia Café, na região central, começou a exigir o comprovante no sábado (15). A publicação nas redes sociais com a informação sobre a decisão da casa tinha mais de 2.000 curtidas neste domingo (16) à tarde. Quase todas as manifestações de apoio. Claro, ainda é possível encontrar reações como: “O.k., um direito do restaurante! Tem muitos em São Paulo [a] que eu posso ir sem ter que apresentar nenhum documento. Obrigado”, rebateu um seguidor.

“Tomei essa decisão porque pessoas integralmente vacinadas tendem a ter menos carga viral, ainda que contaminadas. E, além de terem menos chance de desenvolver a doença em formas mais graves, contraem menos [o vírus] também. Pessoas não vacinadas são mais suscetíveis ao vírus e alvos perfeitos para novas variantes’, diz Bel Coelho, proprietária do Cuia Café.

“O propósito de um restaurante é alimentar e entreter, e essa atividade é extremamente afetada na crise sanitária que vivemos. O que o setor puder fazer para diminuir a contaminação e fortalecer a luta contra a pandemia será bem-vindo. Vacinação é a arma mais eficaz que temos contra o vírus até o momento. Incentivá-la nos aproxima de um cenário socioeconômico mais favorável à sociedade como um todo”, completa Bel.

Nova clientela

Em comunicado do Borgo Mooca, a casa explica que o intuito é “proteger nossa família, as famílias dos nossos colaboradores e cada um de vocês”. De novo, os mais de 600 comentários no Instagram da casa demonstraram o apoio dos clientes.

Além disso, há quem, nos comentários da postagem, garanta que vai começar a frequentar a casa só por causa da iniciativa. “Parabéns. Ainda não conheço o restaurante, mas já tem todo o meu respeito”, disse uma seguidora. “Parabéns pela atitude e não se preocupem porque não vão perder clientes. Os alienados são minoria”, completou outra seguidora do perfil do estabelecimento no Instagram.

No restaurante Mescla, na Barra Funda, o anúncio também foi feito via Instagram. A maioria das reações traz emojis positivos (como palmas ou carinhas apaixonadas). “Por essa atitude aí que eu fico mais fã desse restaurante”, comentou um cliente.

O Bar dos Arcos, no Theatro Municipal, no centro, e o bar Nu I Cru, na Casa das Caldeiras, na Água Branca, são exemplos de estabelecimentos que já há algum tempo cobram o comprovante. O Nu I Cru, aliás, vem exigindo o comprovante desde a abertura, em novembro.

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) não tem posicionamento fechado sobre as casas que exigem o passaporte. Isso porque, segundo a assessoria da entidade, o passaporte não é obrigatório, mas uma escolha de cada estabelecimento.

Em outras cidades, como o Rio, o passaporte é cobrado ao cliente que quer comer na área interna de restaurantes. No Ceará, o comprovante de imunização para frequentar estabelecimentos do tipo é obrigatório desde novembro.

Já o presidente Jair Bolsonaro é crítico da estratégia, apontada por especialistas como importante para reduzir o risco de contágio.

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