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Custo para construir no Brasil abre 2022 com alta de 0,64%, aponta FGV

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Variação do INCC em janeiro mostra altas mais acentuadas nos preços da mão de obra e dos materiais, equipamentos e serviços

O custo para construir no Brasil subiu 0,64% em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A variação corresponde a uma alta em ritmo maior do que a apurada em dezembro, quando o índice registrou taxa de 0,3%.

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Com o resultado, o índice agora acumula elevação de 13,7% no período de 12 meses. Em janeiro de 2021, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) avançou 0,93% e acumulava alta anual de 9,39%.

De acordo com os dados, a taxa do índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,49%, em dezembro, para 1,09%, em janeiro. Já o índice referente à mão de obra variou 0,14% em janeiro, ante 0,1% em dezembro.

No mês, a taxa correspondente a materiais e equipamentos subiu 1,05% em janeiro, após variar 0,48% no mês anterior. Já a variação relativa a serviços passou de 0,57%, em dezembro, para 1,28%, em janeiro.

Confiança

A FGV mostra ainda que o ICST (Índice de Confiança da Construção) caiu 3,9 pontos em janeiro, para 92,8 pontos, o menor nível desde junho de 2021 (92,4 pontos). Na comparação trimestral, o indicador recuou 1,1 ponto.

A queda do ICST no mês foi resultado da piora na percepção dos empresários sobre o momento atual e nas expectativas em relação aos próximos meses. O ISA-CST (Índice de Situação Atual) caiu 2,1 pontos, para 90,7 pontos, o menor nível desde julho do ano passado (89,4 pontos).

O segmento foi influenciado tanto pela piora do indicador de carteira de contratos, que recuou 2,4 pontos, para 91,4 pontos, como pela piora do indicador que mede a situação atual dos negócios, que recuou 1,9 ponto, para 90,1 pontos. Ambos retornam ao menor nível desde julho de 2021.

O IE-CST (Índice de Expectativas), por sua vez, caiu 5,8 pontos, para 95 pontos, o menor nível desde maio do ano passado (89,9 pontos), e retorna a patamar inferior ao nível neutro. Esse resultado se deve a uma deterioração das perspectivas sobre a demanda nos próximos meses.

O indicador que mede a demanda prevista recuou 6,6 pontos, para 96,4 pontos, e o indicador que projeta a tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 4,9 pontos, para 93,6 pontos, o menor nível desde maio de 2021 (90,5 pontos).

Já o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade) da construção recuou 1,5 ponto percentual, para 74,9%. O Nuci de mão de obra e o Nuci de máquinas e equipamentos contribuíram negativamente, com variações de, respectivamente, -1,2 e -1,1 ponto percentual, para 76,3% e 68,7%.

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