O Planalto realizou recentes cortes no orçamento que deixaram ainda mais distante o sonho da BR-319
Os recentes cortes orçamentários realizados pelo Palácio do Planalto deixaram mais longe o sonho da população do Estado do Amazonas com relação ao asfaltamento da BR-319, que liga os estados do Amazonas e Rondônia ao Sul do Brasil.
Com os cortes, o que já estava difícil ficou muito mais complicado, apesar dos reiterados espetáculos midiáticos do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que agora, pré-candidato a governador de São Paulo, não quer mais ouvir falar de rodovia, a são ser naquelas que servem aos seus interesses imediatos em função da campanha pré-eleitoral.
Os cortes não afetaram somente o Amazonas, mas também sangrou Santa Catarina, onde, entretanto, uma forte reação da imprensa local e da classe política sensibilizou o presidente Bolsonaro a rever sua atitude e recompor a situação ao longo do ano de 2022, admitindo que “há excesso de arrecadação”. A promessa de recomposição foi feita em Florianópolis a um grupo de apoiadores.
No caso do Amazonas, a situação é diferente, sobretudo pelo fato de a rodovia ter ficado fora da programação de recursos dentro do orçamento da União para este ano. A rodovia é promessa de campanha do presidente que, além de tudo, é Cidadão do Amazonas.
Por ora, o que há de certeza, infelizmente, é o minguado montante de recursos aprovados pelo Congresso Nacional na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, permitindo que apenas 20 dos 885 quilômetros de extensão da rodovia recebam obras. Talvez recursos de emendas conjuntas da bancada amazonense no Congresso possam ajudar a evitar o pior. E, como o ano é eleitoral, quem sabe ainda reste um fio de esperança.