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ECONOMIA

Faturamento de bares e restaurantes aumenta em abril, diz pesquisa da Abrasel

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Levantamento da Abrasel mostrou melhora, mas desafio dos estabelecimentos é ajustar os preços e conseguir rentabilidade: 79% do setor não conseguiu reajustar os preços em linha com a inflação média

O movimento nos bares e restaurantes vem aumentando em 2022, trazendo de volta o faturamento. É o que mostra pesquisa da Abrasel com 1266 respostas de empresários em todo o Brasil. Em Manaus os estabelecimentos, 36% disseram ter trabalhado com lucro em abril, contra 21% que registraram prejuízo. Os números revelam que a retomada está em curso: em janeiro, eram 24% mostrando que aos poucos vão ajustando seus negócios. E 72 % disseram ter tido desempenho melhor em abril de 2022, quando comparado a abril de 2021.

Se o faturamento está voltando, no entanto, a inflação preocupa. A pesquisa revela que os estabelecimentos não têm conseguido repassar integralmente para o cardápio o aumento de custos. A grande maioria ou não está conseguindo reajustar o menu (79%) ou fez reajustes abaixo da inflação média. Foram 49% com reajustes abaixo e 20% que não alteraram seus preços. Apenas 4% dizem ter feito reajuste acima da inflação de abril que acumulou 11,5% nos últimos 12 meses. Outros 27% dizem ter feito reajuste conforme a inflação.

Dos que tiveram prejuízo não conseguiram reajustar os preços conforme a inflação o índice é maior do que tiveram lucro (58%) e similar dos que ficaram em equilíbrio (75%), deixando claro o desafio que está sendo lidar com o rápido e intenso aumento da inflação.

Em relação ao crédito (25%) têm empréstimos em atraso quase um terço das empresas que contraíram empréstimos regulares estão com parcelas em atraso (exceto Pronampe). No caso das que tomaram o Pronampe, o índice de atraso é de 10%. No total, 63% das empresas disseram ter algum empréstimo contratado.

Já em relação aos impostos 33% têm parcelas do simples em atraso, número é estável em relação ao último levantamento, em março. 81% pretendem aderir ao Relp. 41% das empresas têm Cadastur. Destas, 19% estão com débitos na dívida ativa e 50% delas usaram o Perse (Programa de Renegociação).

De acordo com o presidente da Abrasel no Amazonas, “Aumentou o número de empresas da alimentação fora do lar que tiveram lucro (36%), em comparação com o índice da pesquisa anterior (26%), mas ainda é considerável o percentual que trabalha empatando o resultado ou com prejuízo, ou seja, continua a tendência de melhora nas vendas, mas a inflação demonstra ser um dos grandes desafios que o setor enfrentará ao longo de 2022, já que 79% dos respondentes não conseguiram reajustar seus cardápios seguindo a variação de preços dos insumos e serviços, afetando o resultado operacional dos negócios. O peso da pandemia continua a prejudicar nosso setor, refletindo na manutenção do elevado percentual de empresas com atraso no recolhimento do Simples Nacional (33%) e também com parcelas de empréstimos bancários em aberto (25%). Felizmente, saiu o programa de parcelamento do Simples Nacional, que permitirá às empresas manterem o enquadramento nesse sistema tributário”, explica Rodrigo Zamperlini.

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