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Operação Medeia: caso de exploração sexual infantil no Amazonas revela rede de abuso familiar

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Uma mulher de 37 anos foi presa suspeita de ‘vender’ a própria filha a um estrangeiro desde os seis anos de idade. Atualmente, aos 14 anos, a adolescente tomou a iniciativa de denunciar a exploração sexual

Um mandado de prisão preventiva em nome de uma mulher, de 37 anos, suspeita de envolvimento no crime de exploração sexual infantil contra a própria filha, uma adolescente de 14 anos, foi cumprido nesta sexta-feira (19) pela Polícia Civil do Amazonas. A ‘Operação Medeia’ identificou ainda a participação de um empresário estrangeiro, de nacionalidade não revelada, e outras duas pessoas da família da vítima no crime.

De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), delegada Joyce Coelho, a mulher vendia a própria filha a um estrangeiro desde os seis anos de idade. Atualmente, aos 14 anos, a adolescente tomou a iniciativa de denunciar a exploração sexual à Polícia Civil com a ajuda de uma tia paterna.

Essa adolescente nos procurou com a tia paterna que nos denunciou que desde muito cedo, ela era vendida pela própria genitora para ter relações sexuais com um estrangeiro e outros homens”, afirmou ela, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (19) na sede da Depca, localizada na zona Centro-Sul.

Segundo Coelho, a mãe da vítima já havia sido presa por outros crimes na capital amazonense. Na época em que esteve presa, a adolescente foi acolhida em um abrigo. Após sair do acolhimento e ir para a casa de uma tia materna, os abusos iniciaram pelo empresário estrangeiro, namorado dessa familiar.

“Essa tia materna tinha um relacionamento com o estrangeiro e esse homem passou a abusar sexualmente dessa adolescente desde os seus seis anos de idade. Aos 12 anos, eles passam a ter uma espécie de relação homem e mulher e ele mantinha pagamento tanto para a tia, quando para a mãe após ela deixar a cadeia. A partir dos 14 anos, ela se revolta com a situação, grava um vídeo e mostra a tia paterna que se dispõe a denunciar o crime”.

Além dos mandados de prisão, foram realizadas buscas e apreensões de objetos como celulares, notebooks e outros equipamentos de vídeo que devem ajudar a Polícia Civil do Amazonas a identificar outras vítimas e outros envolvidos.

“Infelizmente, a prisão que logrou êxito foi apenas a da mãe, os outros dois investigados foram somente ouvidos. Já o estrangeiro fugiu para Alemanha no dia 18 de abril. O trâmite agora é repassar esse mandado aberto para a Polícia Federal para que ele seja colocado na lista dos procurados internacionais a partir de então. A mãe vai para audiência de custódia e seguirá para o sistema carcerário”, finalizou a autoridade policial.

 (Foto: Marcio Silva/A CRÍTICA)

Fonte: Karol Rocha / @acritica

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