Trabalhadores enfrentaram dificuldades no primeiro dia de cadastramento para ter direito ao auxílio emergencial.
Assim que recebeu a notícia de que era preciso fazer o cadastro no aplicativo da Caixa Econômica Federal para ter acesso aos R$ 600 reais da renda básica emergencial do governo, o vendedor ambulante Adilson Silva correu para fazer o registro, mas não conseguiu.
Ele não foi o único a enfrentar dificuldades. As reclamações e dúvidas lotaram os canais de comunicação da Caixa nas redes sociais nesse primeiro dia de funcionamento do aplicativo.
Entre as reclamações estavam a demora no carregamento da página, não recebimento do SMS confirmando a conclusão do cadastro ou usuários que nunca se inscreveram no Cadastro Único recebendo a mensagem de que já estariam cadastrados.
Para Adilson, que vende batatas fritas no viaduto do chá, centro de são paulo, é questão de urgência receber os R$ 600. Desde o dia 13 de março, antes mesmo de começar a quarentena no estado, ele parou de trabalhar.
Adilson, a esposa e o filho de 7 anos vivem em uma ocupação no centro de são paulo. A esposa dele já está no CadÚnico, é beneficiária do Bolsa Família e recebe R$ 130 reais.
Como até o final dessa reportagem adilson ainda não tinha conseguido acesso ao aplicativo, ele decidiu quebrar a quarentena e procurar uma agência da Caixa Ecônomica nesta quarta-feira (8), para tentar fazer o cadastro pessoalmente. A assessoria de comunicaçao da caixa disse que essa medida deve ser tomada em último caso, já que é preciso evitar aglomerações nas agências, mas até o fechamento não retornou para dizer quais outras alternativas estão disponíveis para quem não conseguiu fazer o cadastro pela internet ou aplicativo.
Apenas microempreendedores individuais, autônomos, trabalhadores informais e contribuintes individuais não inscritos no cadastro único, o CadÚnico, precisam se cadastrar no aplicativo do auxílio emergencial para receber os R$ 600. Quem já está no CadÚnico não precisa de novo cadastro.
Fonte: EBC