De acordo com a associação, as vendas também devem chegar e atingir 1,23 milhão de motocicletas com alta de 6,4% em relação a 2021
Manaus (AM) – Informações divulgadas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgadas nesta quinta-feira (20) apontam que a produção de motocicletas neste ano de 2022 deve atingir 1,29 milhão de unidades no Polo Industrial de Manaus. O volume é maior 7,9% do que a produção de 2021, que foi de 1.195.149 unidades.
Vendas e Exportações
De acordo com a associação, as vendas também devem chegar e atingir 1,23 milhão de motocicletas com alta de 6,4% em relação a 2021, quando o total vendido foi de 1.156.074 unidades.
As exportações deverão totalizar 54 mil unidades, alta de 1% sobre o volume do ano passado, quando foram vendidas para o exterior 53.476 motocicletas.
De acordo com levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Argentina foi o principal mercado, com 16.119 unidades exportadas e 28,7% do volume total negociado. Em segundo lugar, ficou a Colômbia (12.541 motocicletas e 22,4% das exportações), seguida pelos Estados Unidos (11.642 unidades e 20,8%).
Recuperação
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, as projeções de crescimento confirmam o cenário de recuperação gradativa da indústria de motocicletas, que vem retomando os volumes anteriores à pandemia. “Esperamos um cenário mais estável neste ano para atingirmos novamente os patamares de 2015, quando a produção ficou em 1,2 milhão de unidades.”
Entre os fatores determinantes para a continuidade do crescimento estão o avanço dos serviços de entrega de produtos e o maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos, em razão do aumento dos preços dos combustíveis e da disponibilidade de crédito.
Efeito pandemia
Para a Abraciclo, existem, porém, variáveis que podem influenciar esse desempenho, como o aumento dos casos da variante Ômicron e da gripe H3N2, que podem afastar os trabalhadores de seus postos e assim impactar a produção.
Além disso, a Abraciclo teme que instabilidades do cenário macroeconômico influenciem o setor, desde o abastecimento e reorganização das cadeias produtivas até a alta nas taxas de juros e do frete. “Também acompanhamos outros movimentos do cenário político e econômico que podem afetar o poder de compra do consumidor e impactar negativamente a demanda por motocicletas”, disse Fermanian.
Desempenho em 2021
A indústria de motocicletas fechou 2021 com produção de 1,19 milhão de unidades, alta 24,2% na comparação com o ano anterior, quando foram fabricadas 961.986 unidades. O volume ficou 2% abaixo da expectativa da associação, que previa fabricar 1,22 milhão de motocicletas.
Marcos Fermanian disse que havia possibilidade de atingir a meta, mas lembrou que o setor enfrentou a segunda onda de covid-29 em Manaus, no início de 2021, quando deixaram de ser produzidas cerca de 100 mil motocicletas, e as restrições implantadas nas linhas de produção para evitar a disseminação da doença. “O maior distanciamento entre as pessoas nos postos de trabalho, por exemplo, aumenta o tempo de fabricação”, afirmou.
“E é importante ressaltar que todas as medidas estão mantidas, pois a prioridade é a saúde e segurança do colaborador.” As vendas totalizaram 1.156.074 unidades, alta de 26,3% na comparação com 2020 (915.157 motocicletas). O número foi reflexo das dificuldades para atingir a demanda devido às limitações nas linhas de produção.
Segundo Fermanian, existe atualmente fila de espera de 30 dias para modelos de baixa cilindrada e scooters. “A tendência para os próximos meses é de normalização.