A prioridade dos agricultores para a safra que começa agora no início de junho é a redução de juros ao produtor rural e a diminuição dos custos cobrados pelas instituições financeiras para operar o crédito dispensado a essa categoria.
Eles também pedem o aumento das fontes de financiamento para o agronegócio.
Para redução de juros, a CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – argumenta que mesmo com a redução da taxa selic, o setor agropecuário continua arcando com despesas altas relacionadas aos juros e aos custos administrativos e tributários cobrados pelos operadores de crédito rural.
Além da redução da taxa de juros – para 2,5% ao ano, a entidade também propõe a ampliação do crédito – destinado a empreendedores familiares rurais – dos atuais R$250 mil para R$350 mil e o estímulo às contratações do Pronaf Produtivo Orientado, que combina crédito rural com assistência técnica aos produtores.
Ainda dentro das propostas defendidas pela CNA está uma subvenção – uma espécie de ajuda – no valor de R$13,5 bilhões para o ano de 2021.
Essa contrapartida estaria prevista dentro do orçamento da União e seria destinada para auxílio econômico e equalização da taxa de juros – que é quando o governo cobre a diferença entre a taxa de juros praticada no mercado financeiro e a taxa efetivamente paga pelo produtor.
Já para o subsídio destinado ao prêmio de seguro rural, a CNA propõe um montante de R$1,6 bilhão.
A confederação pede ainda previsibilidade na execução do orçamento para o prêmio de seguro rural e a implementação de um sistema para concessão do incentivo diretamente ao produtor.
O documento – contendo dez propostas – entregue nessa quarta-feira (13) à Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina – foi construído em conjunto com as federações de Agricultura e Pecuária nos estados, sindicatos rurais, produtores e associações setoriais – e traz contribuições para o PAP – Plano Agrícola e Pecuário do biênio 2020 – 2021.
Fonte: Agência Brasil