O minério teria sido extraído de reserva indígena Yanomami. A ação criminosa poderá ser caracterizada como crime de exportação irregular e crime ambiental
Trinta e seis contêineres contendo mil toneladas de minérios, provavelmente cassiterita, avaliados em R$ 65 milhões, suspeitos de terem sido extraídos de reservas indígenas foram apreendidos em terminal portuário alfandegado em Manaus pelo Serviço de Vigilância e Repressão ao Combate ao Contrabando e Descaminho da Alfândega do Porto de Manaus (SEREP).
A apreensão ocorreu durante operação realizada no período de 17 a 24 de março. Durante procedimentos de análise de risco a equipe do SEREP identificou a carga de minério proveniente de Rondônia que tinha como destino a Europa.
O minério estava em 36 contêineres, pesando 1.000 toneladas, com o valor declarado de R$ 1,5 milhão. A suspeita surgiu após exame documental da exportação, que apresentava algumas inconsistências e diversas informações indicaram a necessidade de se realizar a verificação física da carga.
As desconfianças da fiscalização aumentaram com as ações de verificação física, realizadas nos 36 contêineres. Além das questões suspeitas na documentação, o SEREP passou a questionar se o minério declarado era o mesmo que estava nos contêineres, pois na análise preliminar do que foi encontrado é de que seja cassiterita, com o valor aproximado de R$ 65 milhões.
Caso as suspeitas do SEREP se confirmem, a ação criminosa poderá ser caracterizada como crime de exportação irregular e crime ambiental, pois a cassiterita pode ter sido extraída de alguma reserva indígena (Yanomami). Para comprovar qual o minério que se encontra nos contêineres a Receita Federal já solicitou a perícia da Polícia Federal e aguarda o resultado para prosseguir com as ações devidas ao caso.
Joana Queiroz
Fonte: @acritica