O Amazonas tem 11 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19). Conforme balanço divulgado neste sábado (21/03) pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam), desde o dia 29 de fevereiro a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas notificou 100 casos suspeitos da Covid-19. Desses, 11 foram confirmados, 66 descartados e 23 casos estão em investigação.
Todos os casos confirmados são na capital, Manaus. Dos casos que estão em investigação, 10 são de Manaus, 04 de Coari, 4 de Boca do Acre, 03 de Itacoatiara e 2 de Parintins. Um dos casos suspeitos é uma paciente internada no Hospital Delphina Aziz, em ar ambiente, ou seja não está entubada e não está evoluindo com gravidade. Tem febre e dificuldade para respirar, por isso precisa estar em ambiente hospitalar.
De acordo com a diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, dos quatro casos novos confirmados hoje, um é importado e três são contatos de casos importados, o que significa que já há transmissão local do vírus.
“Agora havendo transmissão local, esses pacientes, esses doentes se tiveram contato com outras pessoas podem ter transmitido o vírus para essas outras pessoas, portanto nós entramos numa fase agora em que nós precisamos identificar o mais rapidamente possível os casos sintomáticos de pessoas que apresentam febre e tosse ou dor de garganta ou dificuldade para respirar, de tal forma que nós possamos identificar essas pessoas, isolá-las e dar o atendimento adequado a elas”, disse a diretora.
Rosemary Costa Pinto lembrou que ontem, sexta-feira, o Brasil decretou Estado de Calamidade Pública, significando que o país já está na fase de transmissão comunitária.
“Ainda não é o nosso caso (Amazonas), ainda estamos com transmissão local, onde nós ainda conseguimos identificar quem transmite pra quem, mas no Brasil inteiro presume-se que existe ampla circulação do vírus e, portanto, se nós tivermos algum sintoma respiratório acompanhado de febre, o ideal é o isolamento domiciliar. A pessoa deve se auto isolar, evitar contato com outras pessoas, usar de etiqueta respiratória ao tossir e espirrar, usar a curva interna do braço. Uma atenção muito grande com as medidas de higiene, separar seus utensílios domésticos, de alimentação, tomar um cuidado especial com a sua roupa, usar adequadamente o vaso sanitário, tampando quando for dar descarga para evitar a transmissão do possível vírus”, orientou
Esperança – Rosemary Costa Pinto que os estudos que associam a cloroquina, medicamento usado para malária a outro antibiótico são promissores e, que nesse momento se aguarda a manifestação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que se possa aplicar o tratamento.
“Nós temos notícias promissoras, tanto de estudo realizado na China com vinte e poucos pacientes, quanto estudo americano realizado nos Estados Unidos, que demonstram a efetividade de um esquema que não é apenas o medicamento para malária, mas é uma associação com outro antibiótico, com medicações que tem curado pacientes com o novo coronavírus. É muito promissor, nós estamos aguardando os protocolos da OMS, esperamos que a OMS logo emita protocolos de como é que deve ser feito o tratamento, qual a concentração que deve ser usado e quantas vezes por dia, enfim, a posologia, a forma de tratamento orientada pela OMS, esperamos que logo tenhamos boas notícias sobre isso”.
Foto: Tácio Melo/Secom