O Índice de Gini aponta que o Amazonas é a segunda unidade da federação com maior desigualdade na distribuição de renda
No Amazonas, 505,3 mil pessoas ou 12,5% da população estavam em situação de extrema pobreza em 2020, ou seja, com menos de R$ 155 por mês, e mais de 1,79 milhão ou 44,5% viviam em situação de pobreza, com menos de R$450 por mês. No Brasil, 12 milhões de pessoas viviam em extrema pobreza, em 2020, e mais de 50 milhões viviam em situação de pobreza. Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais, divulgados nesta sexta-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Estado registrou a segunda maior taxa da população na situação de extrema pobreza do País, abaixo apenas do Maranhão, com 14,4% da população abaixo da linha da miséria. A situação estava pior ainda um anos antes da pandemia, quando o Auxílio Emergencial ainda não havia sido liberado. Em 2019, a taxa da extrema pobreza atingiu 21,5%, enquanto que quase a metade da população do Amazonas estava na pobreza.
De acordo com o IBGE, a incidência de extrema pobreza em 2020, cresceu 1,3 ponto percentual quando comparada a 2012, início da série; subiu frente a 2014, ano com menor nível no indicador (8,9). Já a proporção de pessoas em situação de pobreza em 2020 (44,5%) caiu em relação a 2012 (45,9%), subiu frente a 2014 (43,0%) e reduziu-se em comparação a 2019 (49,0%).
No Amazonas, a diferença de grau com e sem os benefícios seria de 13,6 pontos percentuais para extrema pobreza e 12,0 pontos percentuais para pobreza. Dessa forma, nesse cenário hipotético sem o pagamento de benefícios, 56,6% da população do Amazonas teria estado em situação de pobreza, e 26,1%, em situação de extrema pobreza, em 2020.
O instituto utilizou nessa análise os parâmetros do Banco Mundial de US$ 1,90 (R$ 10,79) para extrema pobreza e US$ 5,50 (R$ 31,23) para a pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra a preços internacionais de 2011, dentre outras linhas de pobreza utilizadas para diferentes propósitos no País.
Desigualdades
O Índice de Gini aponta que o Amazonas é a segunda unidade da federação com maior desigualdade na distribuição de renda.
A análise do índice de Gini, que é um importante indicador da desigualdade no mundo, aponta que o Brasil permanece como um dos países mais desiguais quando se trata da distribuição de renda entre seus habitantes.
O índice de Gini do Amazonas (0,589) caiu em relação ao de 2019 (0,566), e em relação a 2012 (0,589), indicando melhora na desigualdade. Apesar disso, o Amazonas é o segundo do ranking, das Unidades da Federação com maiores índices de Gini. ou seja, o número indica maior desigualdade da população, com índice inferior apenas em relação ao Distrito Federal (0,601).
Em Manaus, o índice de Gini foi 0,520, em 2020, inferior ao índice de 2012 (0,580), o que mostra queda na desigualdade.