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Amor ao próximo traduz o trabalho dos voluntários da Casa Vhida, que completa 20 anos

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“Doação de amor”. É dessa forma que os voluntários da Associação de Apoio à Criança com HIV (Casa Vhida) definem o trabalho que desenvolvem na instituição. E foi esse desejo de ajudar o próximo que fez com que, há 18 anos, Ozineide Oliveira, de 65 anos, conhecida por todos como Tia Neidinha, passasse a se dedicar ao trabalho voluntário na Casa.

Ela faz parte do grupo de 60 pessoas que atuam como voluntários na Casa Vhida. Tia Neidinha conta que foi uma sobrinha que lhe apresentou a instituição. “Ela fazia estágio da faculdade na Casa Vhida e me convidou pra conhecer. Me apaixonei e nunca mais saí de lá”, disse.

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Nos 18 anos em que se dedica ao trabalho voluntário, Tia Neidinha já passou por todos os setores da Casa. “Onde precisam de mim estou lá. Ajudo no berçário, eventos, captando doações”, disse. Ela também desenvolve um trabalho de capacitação das mães e adolescentes atendidos pela Casa, com oficinas de artesanato e culinária. Tia Neidinha foi responsável pela criação de um grupo de mães há 10 anos, cujo objetivo era capacitar as mulheres para terem algum tipo de renda.

Para Ozineide, o tempo que dedica à instituição é muito gratificante. “Ver o sorriso no rosto das crianças e a satisfação das mães me faz ser uma pessoa muito realizada. Sinto como se fosse responsável por essas pessoas tanto que estou com eles nos momentos de felicidade e na hora de dar as broncas, também”, destaca.

Quem também dedica parte do seu tempo à Casa Vhida é o enfermeiro e professor universitário Marcos Vinicius Fernandes. Junto com os estudantes da faculdade em que atua, ele criou em 2012 o projeto “A vida é mais forte que a AIDS”. A iniciativa realiza, em datas comemorativas, como Páscoa e Dia das Crianças, uma série de atividades lúdicas para as crianças. Participam em cada ação cerca de 150 estudantes.

Marcos explica que o grande objetivo destas ações é mostrar para os estudantes que a Enfermagem vai muito além de tratar as doenças do corpo. “Consiste em trabalhar de forma humanizada, preocupada com o bem-estar integral das pessoas. Durante as visitas à Casa Vhida, os alunos tem a oportunidade de dedicar um pouco de tempo para conversar, abraçar e brincar com as crianças. “Como professor, ver a evolução dos meus alunos tem um valor inestimável”, frisou.

Segundo a coordenadora da Casa Vhida, Hérica Amorim, o apoio dos voluntários é essencial para a funcionamento da instituição. Este ano a instituição está completando 20 anos e é com o apoio de voluntários e funcionários, que eles buscam, através da realização de eventos sociais e parcerias com empresas, conseguir recursos para a manutenção do atendimento. Hoje, mais de 1.600 crianças e adolescentes são atendidas com o trabalho desenvolvido pela instituição.

A casa atende a bebês expostos que são nascidos de mães HIV positivo e que recebem produtos lácteos enriquecidos e acompanhamento até os 24 meses de vida. Também presta apoio a crianças e adolescentes que já convivem com o vírus, além daqueles que tem o vírus e que, por viverem em situação de vulnerabilidade social, passaram a residir na casa para receberem o tratamento adequado. Os pequenos também recebem suporte psicológico e pediátrico, além de cuidados especiais prestados por uma equipe multidisciplinar, formada por enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas e odontologistas.

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