Time contou com jogadores técnicos em todos os setores e conseguiu muitas combinações durante a partida
O Flamengo é líder do Brasileiro mais uma vez e agora com uma partida a menos. Mesmo com uma mescla de atletas, Tite levou a campo uma equipe extremamente técnica. Não deu show, mas também pouco sofreu nos 2 a 0 sobre o Atlético-GO, num domingo de intenso calor no Maracanã.
Com jogadores de muita qualidade em todos os setores, o Flamengo fez uma partida segura e pouco correu risco de tropeço.
Flamengo constrói bem, mas machuca pouco
O Flamengo fez um bom primeiro tempo no Maracanã em termos técnicos. Com goleiro e dois zagueiros que são excelentes no passe, a construção desde o primeiro terço foi muito bem feita.
O primeiro lance interessante do time mostra isso. Matheus Cunha deu um lindo passe de três dedos, Pedro desceu para o meio-campo e tocou de primeira para Gerson, que ligou em Cebolinha. O 11 devolveu de calcanhar, Gerson cruzou, e Ayrton chutou prensado.
Posicionado no campo de defesa rival, o Flamengo marcava bem e conseguia enfileirar trocas de passes interessantes. Numa delas, Cebolinha por pouco não abriu placar após triangulação com Pulgar e Gerson.
O gol, marcado aos 18 minutos, reforçou o quanto o Flamengo estava bem tecnicamente. Varela fez lindo lançamento para Luiz Araújo, que ficou com o escanteio. Arrascaeta bateu curtinho, recebeu de volta de Varela e tocou na área para Pedro marcar seu 30º gol na temporada, o 10º no Brasileiro.
Gerson, Pedro e Arrascaeta seguiam fazendo ótimas participações. Outra excelente combinação por pouco não terminou em gol de Varela. Dessa vez Arrascaeta achou Luiz Araújo com lindo lançamento, o 7 cruzou, e Varela parou no providencial pé esquerdo de Pedro Henrique.
Dos 30 minutos em diante, com o forte calor no Maraca, o Flamengo deu uma segurada na pressão alta e, por não ampliar o placar, flertou com o perigo. Porém Matheus Cunha mostrou segurança quando foi exigido, fazendo duas boas defesas.
Gerson teve mais uma atuação destacada com a camisa do Flamengo — Foto: Alexandre Durão
Qualidade técnica resolve a parada cedo na etapa final
O “assanhamento” do Atlético-GO do fim da etapa inicial se estendeu ao início do segundo tempo. Antes do primeiro minuto, Rhaldney ganhou as costas de Ayrton Lucas – área onde o time goiano vinha levando a melhor – e cruzou para Shaylon cabecear. Matheus Cunha espalmou com segurança.
Até os 10 minutos, o Flamengo começou a dar a bola demais ao Atlético-GO, rifando várias saídas, e tal panorama levou intranquilidade às arquibancadas.
Erick Pulgar jogou muito bem contra o Atlético-GO — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
A apreensão durou pouco porque Pulgar resolveu botar a bola debaixo do braço. Aos 15 minutos, ao ver que o time tinha dificuldade para penetrar, o chileno pegou bola próximo à linha do campo, resistiu ao primeiro combate e partiu em progressão em direção à área. Três marcadores se aproximaram, e o camisa 5 encontrou o espaço que queria para dar um lindo passe para Ayrton Lucas, que fez o mesmo e deixou Arrascaeta livre para fechar o placar.
Jogador acima da média, Pulgar precisava de uma jogada dessas para carimbar a boa atuação que apresentava desde o primeiro tempo.
A exemplo do ocorrido na etapa inicial, o Flamengo segurou o ímpeto, Tite rodou jogadores, mas dessa vez o time não sofreu.
Depois de algumas oscilações contra Cuiabá e Fortaleza, vitórias sobre Criciúma e Vitória com atuações questionáveis, o Flamengo reconquistou sua liderança com uma atuação segura e sem sustos.
Fonte: Globo