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BRASIL

Anatel e Embraer vão analisar interferência do 5G em aviões

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Estudo conjunto vai verificar suspeita evidenciada nos EUA de que o sinal da telefonia móvel afeta os pousos em aeroportos

Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a fabricante brasileira de aviões Embraer devem começar, em breve, análises conjuntas para verificar de forma mais detalhada a possível interferência do sinal do 5G nos sistemas de navegevação de aviões no Brasil. A expectativa é que o estudo não afete o cronograma de implementação das redes móveis de quinta geração no país, previsto para começar até o fim do primeiro semestre deste ano.

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Ao R7, a Anatel confirmou que a Embraer enviou ofício manifestando intenção de realizar ensaios em voo e em solo, com apoio da agência, para verificar a susceptibilidade de suas aeronaves frente à possível interferência do 5G.

Durante os testes, a Embraer vai disponibilizar aviões e pistas de pouso. Ainda não há data definida para o início dos trabalhos. “A SOR [Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação] está avaliando os questionamentos apresentados pela Embraer e de que forma a Anatel acompanhará os ensaios”, informou a nota.

Essa proposta dos ensaios surgiu após suspeitas de que a telefonia móvel pode afetar a segurança das operações nos aeroportos e aterrissagens que são guiadas por aparelhos. A preocupação maior é com os altímetros que operam por rádio nas aeronaves e usam frequências próximas ao 5G.

Esses equipamentos são responsáveis por calcular a distância exata do avião em relação ao solo. Se forem prejudicados, podem causar acidentes e colisões, especialmente nos casos dos pousos por instrumentos, quando o piloto não tem visibilidade total da pista.

Sinal de alerta

O alerta sobre a interferência do 5G veio dos Estados Unidos, em dezembro do ano passado. Na época, duas das maiores fabricantes de aviões do mundo pediram ao governo dos EUA para adiar o lançamento de novos serviços de telefonia 5G, após a susposta interferência nos componentes eletrônicos. Segundo as companhias, o risco seria maior por causa da largura da faixa adotada para a Banda C do 5G, indo até 3,98 GHz.

Diante disso, as análises brasileiras devem levar em consideração as diferenças entre os sistemas no Brasil e nos Estados Unidos e realizar testes de acordo com as realidades locais.

Segundo a Anatel, a principal faixa para a implantação das redes do 5G, envolvida na discussão, é da faixa de 3,5 GHz, que no Brasil corresponde à faixa de 3.300 a 3.700 MHz. Espectro que é localizado em frequência inferior à faixa utilizada nos Estados Unidos, de 3.700 a 3.980 MHz.

Em nota, a agência explicou ainda que os equipamentos utilizados nos aviões, os altímetros, operam na faixa de 4.200 MHz a 4.400 MHz. Assim, o 5G no Brasil está afastado em pelo menos 500 MHz da frequência de operação desses equipamentos, enquanto nos Estados Unidos esse afastamento é de pouco mais de 200 MHz.

“Esse maior distanciamento em frequência, chamado de banda de guarda, acarreta melhores condições para a convivência, e menor risco de interferências no território brasileiro”, garantiu a Anatel, em nota.

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