Ministério da Saúde ainda não tem imunizante disponível, por isso não é possível saber quando vão começar as aplicações no país
Por se tratar de um produto diferente, ainda não é possível dizer quando vai ser iniciada a vacinação dessa faixa etária, já que o Ministério da Saúde ainda não tem disponível os imunizantes liberados pela Anvisa.
Meiruze Freitas, diretora da Anvisa, salientou que a imunização só poderá ser iniciada “após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação da vacina, uma vez que a grande maioria dos efeitos adversos é decorrente da administração do produto de forma errada”.
A Anvisa sugeriu que a imunização contra a Covid-19 dessa faixa etária seja feita separadamente da dos adultos. Além disso, que não seja aplicada ao mesmo tempo que outras vacinas. Por precaução, o pedido é de intervalo de até 15 dias.
De acordo com resultados dos estudos apresentados pela Pfizer, a vacina apresentou 90,7% de eficácia contra o coronavírus em um ensaio clínico feito com mais de 2.250 pessoas dessa faixa etária.
Ainda não foram apresentados pelo laboratório dados como a duração da proteção, a necessidade da dose de reforço e a efetividade contra a Ômicron ou novas variantes que ainda apareçam. Segundo a Anvisa, contra a Delta, que predomina no Brasil, a vacina é eficaz.
Em nota, a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, afirmou que a decisão da Anvisa foi recebida com entusiasmo. “A cada avanço na vacinação em uma nova faixa etária temos o sentimento de esperança renovado, a vacinação das crianças tem sido muito aguardada
pelos pais”.
Onde crianças já recebem vacina anti-Covid?
Os Estados Unidos, Israel e Canadá começaram a vacinação dos pequenos no começo de novembro e países da Europa iniciaram nesta semana, usando a Pfizer. Argentina, Emirados Árabes e El Salvador usam a Sinopharm, Moderna ou Pfizer nessa faixa etária. Cuba e Venezuela utilizam a Soberana, vacina cubana.
Já China, Chile, Equador, Camboja, Indonésia e o território de Hong Kong também aplicam a proteção em crianças, mas com a CoronaVac.
Autorização CoronaVac no Brasil
Na última quarta-feira, o Instituto Butantan apresentou um novo pedido de liberação da vacina produzida por ele à Anvisa. A requisição é de uso em crianças de 3 a 17 anos e é a segunda vez que é feita. Na primeira, a agência brasileira pediu mais informações sobre os estudos clínicos feitos na China.