Ministério da Saúde pediu autorização para que brasileiros possam comprar teste em farmácias e fazer exame em casa
A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se reúne na tarde desta quarta-feira (19) para discutir a liberação dos autotestes de Covid-19 no país. A sessão está prevista para começar às 15h.
O pedido de autorização do uso dos autotestes foi feito pelo Ministério da Saúde e apresentado à agência na semana passada. A solicitação da pasta acontece em um momento em que o Brasil vê crescer a procura por testes rápidos na rede assistencial de saúde, sobretudo devido à expansão da variante Ômicron pelo país.
Por isso, o estoque de exames de detecção da Covid-19 vem se esgotando em algumas capitais. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde afirma que liberar os autotestes pode desafogar os serviços de saúde e ampliar as oportunidades de testagem para pessoas com suspeita da doença.
“A autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social. Os autotestes podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos”, destaca a pasta na nota técnica enviada à Anvisa para pedir a aprovação dos exames próprios contra a Covid-19.
O autoteste em análise é o antígeno, cujo resultado é revelado em menos de uma hora. O pedido do Ministério da Saúde é para que os exames possam ser vendidos em farmácias e drogarias. “O uso de autoteste pode ser uma excelente estratégia de triagem, pois devido ao curto tempo para o resultado, pode-se iniciar rapidamente o isolamento dos casos positivos e as ações para interrupção da cadeia de transmissão”, frisa o ministério.
Por determinação da Anvisa, no Brasil não é permitida a venda de exames de antígeno para serem feitos em casa. Apenas as farmácias realizam o procedimento. Com uma sensibilidade considerada alta, o exame se dá por meio da coleta de material do nariz com um cotonete ou por saliva. O autoteste, porém, tem sensibilidade menor que a de outros exames (como o PCR) e está sujeito a erro por parte do paciente não treinado.