Em nota técnica, autoridades de saúde orientam sobre intensificação da vacinação e monitoramento epidemiológico contra a doença.
Após um caso de poliomielite ser registrado no Peru, as autoridades de saúde do Amazonas orientam sobre a intensificação das ações de imunização contra a doença e do monitoramento epidemiológico no estado.
A medida tem como objetivo fortalecer a investigação de casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA), sintoma sugestivo para poliomielite. As orientações constam em Nota Técnica.
O documento considera o Alerta Epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) sobre a detecção do vírus da poliomielite derivado da vacina tipo 1 no Peru, país pertencente à Tríplice Fronteira que inclui também Brasil e Colômbia. O poliovírus derivado vacinal é um tipo de vírus surgido diante das baixas coberturas vacinais.
“Por não ter muitos casos de poliomielite nas últimas décadas, as pessoas vão relaxando. Não é incomum de se ter carteirinhas de crianças incompletas. Então, é muito importante que a gente faça um trabalho muito grande de comunicação, capacitação e oferecer ajuda junto aos municípios para que eles efetivem o ato de vacinar”, destaca o secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad.
Com as orientações, as autoridades de saúde do Amazonas destacam o risco de reintrodução do poliovírus selvagem (vírus da Poliomielite). A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a imunização deve ser intensificada em todo o Amazonas com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para a vacinação contra a poliomielite que é de 95%.
“A cobertura vacinal contra poliomielite no Amazonas é de 76,9%, que é o dado mais atualizado referente a 2022. A poliomielite é uma doença grave que pode causar paralisia permanente e até mesmo levar à morte. Por isso, é fundamental que todas as crianças sejam vacinadas e que os casos suspeitos sejam investigados com rapidez e eficiência”, afirmou Tatyana.
As baixas coberturas vacinais contra poliomielite no Amazonas seguem em anos anteriores: 67,7% (2021), 68,2% (2020) e 83,2% (2019). Os dados foram consolidados pela FVS-RCP com base no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) do Ministério da Saúde.
Prevenção
A vacinação é a principal medida de prevenção da poliomielite. O esquema vacinal consiste em três doses de vacina inativada poliomielite (VIP), aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. Devem ainda ser administradas duas doses de reforço, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade.
Caso ainda não possuam a dose de vacina contra poliomielite, as crianças que estiverem incluídas no público-alvo da vacinação para a doença devem ser levadas, por pais ou responsáveis, para a aplicação da dose do imunizante em postos de saúde coordenados pelas Secretarias Municipais de Saúde.
— Foto: Divulgação/Semsa
Por g1 AM