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POLÍCIA

Apreensão de crack é a que mais cresce em rodovias no país

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Aumento foi de 213%, segundo a PRF. Interceptação de maconha também avança e chega a 132 toneladas em 4 meses

O crack é a droga que mais cresce em quantidades apreendidas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) nas estradas brasileiras em termos proporcionais. A quantidade interceptada nas operações foi de aproximadamente 700 quilos entre janeiro e abril.

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O entorpecente ainda fica atrás em quantidade de outros produtos encontrados pelos policiais, como a cocaína, mas tem um crescimento de 213% em relação ao mesmo período do ano passado – quando foram apreendidos 223,1 quilos.

A maconha continua sendo o produto mais apreendido e em quantidades muito maiores que as demais drogas: foram 132,1 toneladas nos primeiros quatro meses de 2021, 34% mais que as 98,6 toneladas do mesmo período do ano passado. Entre as apreensões informadas por peso, e não unidades, depois aparecem a cocaína, skunk, crack e haxixe.

As apreensões de crack ocorreram em vários estados. Uma das maiores cargas foi encontrada em maio na cidade de Bataguassu (MS), onde a PRF achou 62 Kg de crack no tanque de combustível de uma caminhonete. O condutor aparentou nervosismo na abordagem e, após ser flagrado, afirmou que levaria a droga até o estado de São Paulo por R$ 10 mil. Também em maio, um idoso foi detido em março transportando 26 quilos em Leopoldina (MG).

Outra apreensão relevante ocorreu em Sarandi (PR), em abril, quando foram interceptados 41 quilos de crack. O criminoso, um foragido da Justiça, trafegava pela BR-386 quando foi abordado. 

Combate

O avanço do crack na sociedade brasileira vem sendo estudado por especialistas nos últimos anos. Segundo Clarice Sandi Madruga, pesquisadora da Uniad (Unidade de Pesquisas de Álcool e Drogas) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que entre seus estudos mapeou o perfil dos frequentadores da região conhecida como Cracolândia, na capital paulista, há indícios da expansão da droga com base na busca por tratamento, apesar de não ser possível falar em uma “epidemia do crack”.

“Não temos dados epidemiológicos populacionais suficientes para concluir epidemia, tivemos diversos problemas com levantamentos anteriores, o que não nos permite ter a análise de uma série histórica. Existem dados indiretos sobre busca por tratamento, porém, mostrando aumento significativo”, afirma.

De acordo com Rafael Alcadipani, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as rotas de tráfico são parecidas com as rotas de outros entorpecentes mais comumente encontrados pela polícia, como cocaína e maconha. O crack vem do Paraguai e da Bolívia ou então é feito no próprio Brasil, com sobras da cocaína. Por ter efeito mais destrutivo, não é considerado a principal aposta dos traficantes, e é até mesmo proibido em presídios.

Alcadipani afirma que a apreensão em si pode ser um trabalho de enxugar gelo se não vier acompanhada de uma ação mais profunda contra as quadrilhas. “É preciso que os traficantes sejam pegos e a quadrilhas desbaratadas”, afirma. 

Outra apreensão relevante ocorreu em Sarandi (PR), em abril, quando foram interceptados 41 quilos de crack. O criminoso, um foragido da Justiça, trafegava pela BR-386 quando foi abordado. 

Combate

O avanço do crack na sociedade brasileira vem sendo estudado por especialistas nos últimos anos. Segundo Clarice Sandi Madruga, pesquisadora da Uniad (Unidade de Pesquisas de Álcool e Drogas) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que entre seus estudos mapeou o perfil dos frequentadores da região conhecida como Cracolândia, na capital paulista, há indícios da expansão da droga com base na busca por tratamento, apesar de não ser possível falar em uma “epidemia do crack”.

“Não temos dados epidemiológicos populacionais suficientes para concluir epidemia, tivemos diversos problemas com levantamentos anteriores, o que não nos permite ter a análise de uma série histórica. Existem dados indiretos sobre busca por tratamento, porém, mostrando aumento significativo”, afirma.

De acordo com Rafael Alcadipani, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as rotas de tráfico são parecidas com as rotas de outros entorpecentes mais comumente encontrados pela polícia, como cocaína e maconha. O crack vem do Paraguai e da Bolívia ou então é feito no próprio Brasil, com sobras da cocaína. Por ter efeito mais destrutivo, não é considerado a principal aposta dos traficantes, e é até mesmo proibido em presídios.

Alcadipani afirma que a apreensão em si pode ser um trabalho de enxugar gelo se não vier acompanhada de uma ação mais profunda contra as quadrilhas. “É preciso que os traficantes sejam pegos e a quadrilhas desbaratadas”, afirma. 

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