“É muito grave para o Amazonas uma saída dessas em meio a uma economia enfraquecida pela qual estamos passando”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ao analisar as consequências da possível retirada da Petrobras de terras do Amazonas. A petroleira anunciou na sexta-feira, 27/6, a venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestre localizadas na bacia de Solimões, que abrangem os municípios de Tefé e Coari.
“É muito grave para o Amazonas uma saída dessas em meio a uma economia enfraquecida pela qual estamos passando”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ao analisar as consequências da possível retirada da Petrobras de terras do Amazonas. A petroleira anunciou na sexta-feira, 27/6, a venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestre localizadas na bacia de Solimões, que abrangem os municípios de Tefé e Coari.
“A Petrobras é uma das maiores empresas do Brasil, ou até da América Latina, e não pode sair da região mais fundamental para o país. Acredito que tem de haver um diálogo entre a cúpula da petroleira com a cúpula do governo do Estado, para uma negociação viável para os dois lados”, disse Virgílio.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito de Manaus destacou a importância da geração de empregos que a empresa proporciona na região do interior do Amazonas, e a consequente preservação do meio ambiente. “Ela [Petrobras] ajuda a preservar a Floresta Amazônica em pé, está presente em uma área de mais de 350 quilômetros quadrados, por todas essas razões não podemos ver como inimigos e sim procurar manter como uma parceira permanente para eu nunca mais pense em sair do Amazonas, que tem uma grande perspectiva de futuro. Sair daqui não me parece uma ideia muito inteligente”, completou Arthur Neto.
Tornar o mercado de gás mais competitivo na região seria uma das alternativas para abrir um diálogo com a petroleira para continuar investindo em terras do Amazonas, mas o governo estadual vetou o Projeto de Lei nº 153/2020, que tinha como proposta regular o mercado de gás no Amazonas. “A Petrobras era uma empresa paquidérmica e, no primeiro momento, tomou um susto com a quebra do monopólio do petróleo, eu votei a favor do fim, pois acho o monopólio um vício que deturba e torna preguiçoso. Depois disso, o desempenho da empresa melhorou. Acredito que uma abertura possa dar, ainda, mais gás à Zona Franca de Manaus, que perdeu este ano 46% do seu faturamento em relação ao ano passado em seus polos. É muito grave para o Amazonas a saída da Petrobras, perder os investimentos em Urucu em um momento de economia combalida, é o pior para o nosso Estado, uma situação que nos esvazia”, completa o prefeito, reforçando, mais uma vez, que o diálogo entre a empresa e o governo é o melhor para o povo do Amazonas. “Tem que buscar um entendimento para que os dois possam lucrar, explorando de forma sustentável a região mais promissora do Brasil”, finalizou Virgílio.
Texto – João Pedro Figueiredo/Semcom
Foto – Mário Oliveira/Semcom