A Prefeitura de Manaus incluiu, nesta segunda-feira, 2/1, os bebês a partir de 6 meses de idade, sem comorbidades, no público apto à vacinação contra a Covid-19 na capital, conforme orientação do Ministério da Saúde. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) orienta os pais a levarem as crianças em uma das quatro unidades de referência para o público de 6 meses a menores de 3 anos (2 anos, 11 meses e 29 dias).
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, acompanhou o início da vacinação desse público na Unidade de Saúde da Família (USF) José Rayol dos Santos, na avenida Constantino Nery, s/nº, bairro Chapada, zona Centro-Sul, onde reforçou a segurança dos imunizantes e incentivou os pais a buscarem o serviço.
“Estamos iniciando o ano de 2023 com mais um avanço importantíssimo na campanha de vacinação contra a Covid, que já está sendo realizada pela secretaria há dois anos. O Ministério da Saúde considera que o público infantil também corre um risco elevado de ter a doença agravada, e a vacina é fundamental para prevenir os quadros graves da Covid, com total segurança e eficácia”, pontuou.
Shádia também lembrou que a secretaria já vinha vacinando crianças nessa faixa etária, com comorbidades, desde o dia 16 de novembro do ano passado. Entretanto, a procura continua muito baixa, com apenas 221 doses aplicadas, até a manhã desta segunda-feira, de um público estimado em cerca de 2 mil crianças.
“Naquele momento, seguindo recomendação do Ministério da Saúde, nós liberamos que as sobras da vacina fossem aplicadas nos bebês sem comorbidades, para evitar o desperdício das mesmas, visto que o frasco contém dez doses e tem validade de apenas 12 horas após aberto. Agora temos um desafio muito maior, pois são cerca de 70,1 mil crianças de seis meses a dois anos sem comorbidade na cidade, e precisamos do apoio da população nesse trabalho”, completou.
O imunizante usado neste público é da marca Pfizer Biontech, assim como para crianças com comorbidades, e possui concentração diferente da vacina destinada aos demais públicos. Chamado de Pfizer Baby, o imunizante tem esquema vacinal inicial de três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose.
Alívio
A advogada Socorro Oliveira levou sua filha, a pequena Mayra, de 3 anos, para receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na UBS José Rayol dos Santos. Socorro contou que todas as demais crianças de sua família foram levadas para receber o imunizante, e incentivou a participação da sociedade.
“Prevenir é sempre melhor, e a prevenção das doenças vem através das vacinas, que são eficazes, está comprovado. Então a maior proteção que a gente pode dar para as nossas crianças, depois da amamentação, é a vacinação. Recomendamos a todas as mães, pais e pessoas responsáveis por crianças que as tragam, venham para a unidade pois o atendimento é bom, rápido e organizado”, destacou.
A psicóloga Carolina Rocha, mãe da Maria Clara, de 1 ano e meio, também aproveitou o primeiro dia de liberação para proteger a filha contra a Covid-19. “Eu sempre repito que toda vacina é importante, e nós estávamos ansiosos pelo imunizante contra a Covid para acalmar o coração. Agora que o mundo voltou ao normal e a gente voltou a viajar e passear, o mais importante para nós é que ela esteja protegida”, disse.
Serviço
Shádia Fraxe informou que as crianças de 6 meses a menores de 3 anos devem ser levadas para a vacinação contra a Covid-19, de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, ou de 8h às 12h, aos sábados. As quatro unidades de referência são a UBS Áugias Gadelha, na zona Norte; UBS José Rayol dos Santos, na zona Centro-Sul; UBS Deodato de Miranda Leão, na zona Oeste; e UBS Alfredo Campos, na zona Leste.
É preciso que o responsável maior de 18 anos apresente documento de identificação com foto ou certidão de nascimento da criança, caderneta de vacinação, e Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou CPF.
Na zona rural, ainda de acordo com a secretária, o público infantil será vacinado conforme as estratégias desenvolvidas para cada localidade, seja terrestre, ribeirinha ou fluvial. A vacina será levada pelos agentes de saúde por meio das unidades de saúde terrestres e fluviais, e também por meio de busca ativa nas comunidades mais distantes.
Texto – Victor Cruz / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa