Desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá deixou cinco mortos. Inquérito sobre as causas da tragédia ainda está aberto
Familiares de vítimas da queda da ponte sobre o Rio Curuçá, na rodovia BR-319, vão se reunir nesta terça-feira (8), às 8h30, com o titular da 35ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro da Várzea. O delegado David Jordão é o responsável pelo inquérito que investiga as causas da tragédia. Cinco pessoas morreram no desabamento ocorrido no dia 28 de setembro do ano passado.
A reportagem apurou que a reunião foi marcada após pressão de familiares das vítimas. Na semana passada, alguns parentes procuraram a delegacia de Careiro da Várzea para saber o porquê de o inquérito ainda não estar finalizado. Parte deles já articulava uma manifestação para cobrar providências no caso.
“A nossa advogada informou que o inquérito está parado, que o delegado do caso não está fazendo nada, tá tudo atrasado. Eles não estão nem aí para a família. Não estamos recebendo nenhum tipo de auxílio, de psicólogo, nada”, disse para A CRÍTICA o filho de uma das vítimas da tragédia, Dione Marques. A mãe dele era a servidora Maria Viana Carneiro.
Em março, A CRÍTICA noticiou que a Polícia Civil do Amazonas havia estendido o prazo para conclusão do inquérito. À época, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que a polícia aguardava o recebimento de informações por parte dos órgãos envolvidos, dentre eles, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Além disso, havia vítimas e testemunhas que ainda precisavam ser ouvidas.
Ana Beatriz, neta do servidor João Fernandes, vítima da queda da ponte, disse à reportagem que a reunião com o delegado servirá para que as famílias tirem dúvidas sobre o processo. “Só começaram o inquérito, de fato,depois que meu avô foi encontrado, em fevereiro. Isso tudo vai ser esclarecido na reunião”, afirmou.
Em janeiro deste ano, o DNIT contratou uma investigação própria para buscar um diagnóstico sobre a queda das pontes. A apuração está sendo realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a previsão é que seja finalizada em outubro deste ano, um mês após a tragédia completar um ano.
(Foto: Arquivo A CRÍTICA)
Por Waldick Júnior/acritica