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SAÚDE

Brasil apresenta plano de ação para saúde na cop30 em belém

Pauta da saúde tem ganhado espaço nas últimas edições da COP (Tânia Rêgo/Agência Brasil/...
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O planeta emite alertas constantes sobre os impactos do aquecimento global, exigindo ações urgentes. A COP30, com início previsto, surge como uma oportunidade crucial para colocar a saúde no centro das discussões climáticas.

As mudanças climáticas já afetam o cotidiano, alterando padrões de vida e saúde. Secas e enchentes causam deslocamentos populacionais, a escassez de recursos redefine a geopolítica, e doenças infecciosas se espalham sem barreiras. A preservação do ambiente é fundamental para a saúde da população.

As inundações no Rio Grande do Sul, em 2024, impactaram 90% das cidades e mais de 2 milhões de pessoas, evidenciando a crise climática como um problema social e de saúde pública.

Atualmente, mais de 3 bilhões de pessoas vivem em vulnerabilidade climática, conforme o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). No Brasil, desastres climáticos aumentaram 250% entre 2020 e 2023, afetando 92% dos municípios com secas, enchentes e tempestades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, caso não haja mudanças, entre 2030 e 2050, poderão ocorrer 250 mil mortes adicionais por ano, devido a desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico.

A COP30 em Belém representa uma oportunidade para priorizar a saúde na agenda climática. O Brasil apresentará o Plano de Ação em Saúde de Belém durante a conferência, com foco em vigilância em saúde, inovação tecnológica e fortalecimento de políticas multissetoriais.

Em colaboração com o Ministério da Saúde, o Hospital Moinhos de Vento implementa o projeto Recomeçar, que será debatido na COP30. A iniciativa visa organizar o cuidado em saúde mental em situações de desastres e representa uma resposta integrada aos impactos desses eventos na população. Dados da OMS apontam que cerca de 20% das pessoas desenvolvem problemas emocionais após eventos climáticos extremos, como demonstrado nas enchentes no Rio Grande do Sul.

O setor de saúde é responsável por aproximadamente 5% das emissões globais de gases de efeito estufa, devido ao alto consumo de energia, água e insumos, além da geração de resíduos. É possível adotar uma abordagem científica e de gestão para reduzir as emissões de CO2, migrando para energia 100% renovável no mercado livre. A substituição da matriz elétrica por energia eólica e solar, além de sustentável, gera economia. Um gerenciamento de resíduos eficiente, com compostagem de restos orgânicos e reciclagem de plásticos e papéis, também é viável.

A COP30 é um evento fundamental para dar destaque à saúde, exigindo que governos, instituições e cidadãos reconheçam a importância das tragédias climáticas e assumam responsabilidade para transformar a crise em uma oportunidade de construir um futuro mais sustentável.

Fonte: saude.abril.com.br

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