Conexão Amazônica
BRASIL

Capitais vão usar freezer emprestado de hospital e universidades para refrigerar vacinas da Pfizer

Publicidade

O Brasil recebeu um lote de um milhão de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 nesta quinta-feira, 29, que será distribuído entre as capitais do País. Diferente das outras vacinas já usadas, que podem ser mantidas em refrigeradores comuns (com temperaturas entre 2ºC e 8ºC), o novo imunizante precisa de armazenamento em temperaturas mais baixas (entre – 65ºC e – 80ºC). Para dar conta dessa demanda logística, os governos locais têm recorrido a empréstimos de freezers de hospitais e universidades.

É o caso da prefeitura de Porto Alegre, que fez parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A instituição cedeu ultrafreezers com capacidade de até quatro milhões de frascos para garantir a conservação das vacinas em baixíssima temperatura. No primeiro lote, o Estado vai receber 32.760 doses.

Publicidade

Florianópolis também vai contar com três desses equipamentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com capacidade para armazenar 948 litros. É prevista ainda a cessão de um quarto equipamento. Os ultrafreezer foram transportados esta semana para rede de frio municipal.

Segundo o governo catarinense, na 1º remessa ao Estado serão 17.550 doses. O lote será distribuído a Florianópolis (10.530 doses) e São José (7.020 doses). “Somando as novas doses de Astrazeneca que chegam no final desta semana, devemos avançar para 62, 61 e 60 anos até semana que vem”, escreveu o prefeito da capital, Gean Loureiro (DEM), no Twitter.

Conforme o Ministério da Saúde, as doses serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após ser armazenada entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é reduzido para cinco dias. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o transporte e armazenamento a -20ºC por um período único de até duas semanas. A vacina tem prazo de validade de seis meses quando armazenada a -75°C.

Na capital de Mato Grosso, o Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá também cedeu à prefeitura um ultrafreezer. Com capacidade de 486 litros, o aparelho pode chegar a temperatura de até – 86ºC. Ainda não foi divulgada o número de doses que serão encaminhadas à cidade.

Bahia descentraliza estrutura com equipamentos próprios
Outra regiões fizeram as próprias compras para armazenar os produtos. A Bahia abriu licitação para 100 ultracongeladores e 30 já foram distribuídos para nove macrorregiões de saúde do Estado. “Essa é uma realidade bem diferente de outros Estados, que concentram a infraestrutura na capital”, afirmou Fábio Vilas-Boas, secretário da Saúde baiano, na semana passada.

O Paraná tem nove freezers para armazenar o imunizante – sete de ultrabaixa temperatura (-80ºC), podendo armazenar as doses por até seis meses, e dois são de temperatura de -20ºC, que podem ser usados para armazenamento inicial das doses. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, dois dos equipamentos já foram remanejados para o Centro de Medicamentos do Paraná, em Curitiba, para logística, armazenamento e distribuição das vacinas contra a covid.

Já o ultracongelador da Rede de Frio Central do Distrito Federal tem capacidade de 570 litros e consegue armazenar até 40 mil doses de imunizantes. A secretaria de saúde ainda fez treinamento com os responsáveis técnicos das salas de vacina e núcleos de redes de frio regionais, para ensinar o manuseio correto dos imunizantes e aprimorar condições de armazenamento e preparo das doses.

A Prefeitura de São Paulo alterou uma de suas câmaras frias, de 100 m3, para -25º. Ela terá condições de acondicionar 4 milhões de doses durante 14 dias, conforme orientação da Pfizer. O município conta ainda com outras câmaras em quatro pontos de distribuição. A capital deve receber cerca de 135.720 doses da vacina Pfizer. Segundo a orientação estadual, o município receberá as doses na temperatura entre -25ºC e -15ºC, podendo permanecer nesta faixa por até 14 dias.

Pernambuco distribuiu as remessas que chegaram esta semana da vacina Oxford/AstraZeneca e Coronavac entre os municípios, exceto Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, que receberão o lote da Pfizer. O Estado está na fase de imunização das pessoas com comorbidades – quem tem doença renal, obesos mórbidos, transplantados, grávidas, entre outros. O governo diz que tem equipamentos para guardar os imunizantes e pela condição restritiva de armazenamento, as secretarias municipais de saúde vão retirar as doses em quantidades pequenas, para cerca de quatro dias de vacinação.

O acordo da gestão Jair Bolsonaro com a Pfizer prevê 100 milhões de doses. Foi fechado neste ano após entraves do governo na negociação no ano passado, quando 70 milhões de doses foram oferecidas e o ministério chegou a falar em “cláusulas leoninas” por parte da farmacêutica americana. O imunizante, com aplicação em duas doses, tem taxa de eficácia superior a 90%.

Publicidade

Leia mais

Defensoria Pública mantém atendimentos de urgência em Manaus e no interior

elayne

Brasil registra 15,5 mil novos casos e 144 óbitos por covid-19

elayne

Hermanitos abre edital com vagas para profissionais e estagiários em Boa Vista

Daly Ruiz

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais