Audiência havia sido interrompida na quarta-feira (22), após três dias marcados por problemas técnicos.
A audiência de instrução e julgamento sobre o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips continuará no dia 11 de abril. A audiência havia sido interrompida na quarta-feira (22), após três dias marcados por problemas técnicos.
Nessa fase, a Justiça analisa se os réus Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha” serão levados à júri popular.
Segundo a defesa dos três, no dia 11 de abril, o juiz federal Fabiano Verli vai terminar de ouvir as testemunhas de acusação e deve iniciar a oitiva das testemunhas de defesa. Cerca de 10 foram convocadas.
Já os réus devem ser ouvidos no dia 17 de abril, mas a defesa diz que ainda não sabe se os interrogatórios serão realizados, uma vez que há problemas de internet nos presídios onde eles estão detidos.
Os advogados também dizem que querem, além de ouvir as testemunhas e os réus, ouvir também os peritos que fizeram os laudos das mortes de Bruno e Dom.
Caso Bruno e Dom
Segunda maior reserva indígena do país, o Vale do Javari teve o grave problema da insegurança exposto após os assassinatos de Bruno e Dom. Eles desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.
De lá, seguiriam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
“Pelado”, “Dos Santos” e “Pelado da Dinha” estão presos em penitenciárias federais suspeitos de cometerem os assassinatos.
Além dos três acusados, no fim de janeiro, a Polícia Federal (PF) apontou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, como o mandante dos homicídios.
Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele chegou a ser solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro. A prisão foi decretada novamente pela Justiça Federal após ele descumprir condições impostas quando obteve liberdade provisória. Colômbia também é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.
Segundo as investigações, “Colômbia” tinha relação direta com Amarildo. No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia também será indiciado.
— Foto: Rôney Elias/Rede Amazônica
Por g1 AM