Dívida no valor de R$ 300 mil entre genro e sogra é relatada nas investigações
Manaus (AM) – Cercado de mistérios, a morte da servidora do TRT, Silvanilde Veiga, completa uma semana neste sábado (28). Ao longo dos últimos dias, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) ouviu familiares, amigos, testemunhas, bem como integrantes da equipe de segurança do condomínio, para elucidação do caso. Até o momento, o genro e a filha são os principais suspeitos. Os depoimentos da dupla, inclusive, duraram mais de 5 horas.
O caso ganhou grande repercussão devido às características do crime e todos os mistérios que o cercam. No decorrer dos 7 dias de investigações os policiais isolaram o apartamento em que a servidora do TRT foi assassinada, além disso, foram recolhidos da cena do crime, materiais que possam ajudar nos trabalhos investigativos, entre eles, uma faca, um punhal, uma camisa ensanguentada e 10 HDs do controle de segurança do condomínio, onde 160 câmeras estrão sendo analisadas pelos peritos.
Depoimentos
Mais de dez pessoas já foram ouvidas pela polícia na investigação sobre o assassinato da servidora do Tribunal Regional Tribunal (TRT), Silvanilde Ferreira Veiga. As testemunhas começaram a ser ouvidas na segunda-feira (23), onde na ocasião os investigadores ouviram a filha da vítima, Stephanie Veiga, o depoimento da nutricionista durou mais de cinco horas, porém, o teor dos relatos não foi divulgado à imprensa pois as investigações seguem em sigilo.
Na terça-feira (24) outras pessoas também foram ouvidas, entre eles o síndico do condomínio e o vigilante que estava de plantão no dia que aconteceu o crime. Neste mesmo dia outras 8 pessoas também foram ouvidas, porém a identidade e os depoimentos não foram revelados.
Sobre o depoimento do vigilante, a polícia divulgou que nos relatos, o funcionário informou que não viu nenhuma atitude suspeita no local no dia do crime. Conforme o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídio e Sequestros (DEHS). Mais informações não foram repassadas para não atrapalhar as investigações.
Na quinta-feira (26), o Genro da vítima, Igor Gabriel Melo e Silva também foi ouvido, o seu depoimento também durou cinco horas. Ao sair da delegacia, Igor falou à imprensa que é ino0cente e que ele acredita no trabalho da polícia.
O titular da DEHS revelou que os depoimentos mais longos foram da filha, Stephanie Veiga, que encontrou a mãe morta no apartamento, e do genro, Igor Gabriel Melo e Silva, ambos duraram mais cinco horas e foram imprescindíveis para a resolução do caso.
Conforme informações divulgadas no decorrer dos últimos dias, Igor Gabriel teria uma dívida no valor de R$ 300 mil, com a vítima, e que nos últimos meses, genro e sogra não se entendiam por conta do valor que não foi pago a ela como o prometido.
Essas informações colocaram a filha e o genro como os principais suspeitos do caso, porém muitos mistérios ainda estão sendo investigados pelas equipes de investigações da Polícia Civil.
Morte brutal
Conforme a perícia, Silvanilde Ferreira foi asfixiada e morta com 12 facadas, uma das perfurações que chamou atenção foi uma no pescoço, que estava bem profunda.
Conforme o relato de Stephanie à polícia, na noite de sábado, ela recebeu uma mensagem de SOS da mãe e mandou duas mensagens em retorno, porém não obteve resposta, por isso, pediu ao porteiro do condomínio, que fosse ao apartamento da genitora para verificar se estava tudo bem. Ao retornar, ele informou que ninguém atendia, e que os veículos estavam todos na garagem.
Com isso, ela foi ao apartamento, juntamente com o namorado, e encontrou a mãe estendida no chão da sala, de bruços em uma poça de sangue. Ela relatou, ainda, que não havia sinais de arrombamento e a única coisa levada do local foi o celular da vítima. A servidora já morava no local há mais de 10 anos.
*emtempo