Neste sábado, 15, acontece a partir das 18h00 na Praça Paulo Jacob o encerramento da 2ª edição do projeto Quebrando o Coco, que promoveu oficinas gratuitas de coco de roda para jovens e adultos entre os meses de maio e junho.
Contemplado pelo edital 004/2023 da Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, o projeto foi produzido pela Caldo Negro Produções com o objetivo de promover a aprendizagem e fortalecer a cultura do coco de roda no Amazonas. De origem nordestina, o coco de roda é uma manifestação cultural marcada por ritmo, canto e dança com protagonismo de pessoas negras e indígenas.
Assim, o grupo Cocada Baré que existe desde 2022 e difunde o segmento em Manaus, realizou 7 aulas gratuitas para ensinar sobre a história, o ritmo, a dança e o canto do coco de roda. Entre os grupos e projetos de manifestação cultural afro-brasileira de Manaus, o Quebrando o coco contou com apoio do grupo Do Quilombo se Fez Samba Raiz e de integrantes de outros coletivos de cultura popular da região.
A segunda edição do projeto teve a participação de mais de 130 pessoas. Entre elas, o estudante Sérgio Augusto que também é músico e já conhecia um pouco sobre a manifestação cultural. Ele avaliou como foi a participação na oficina.
“Achei incrível, uma experiência única. Conhecia muito pouco sobre o coco através do maracatu, são ritmos parecidos, mas aqui pude aprofundar mais, conhecer sobre os instrumentos, sobre a dança e o canto foi uma experiência única. A iniciativa agrega muito na questão de conhecimento cultural, na aprendizagem de novos ritmos e culturas de diferentes Estados, é um movimento importante.” destacou Sérgio.
Além de promover conhecimento cultural acerca da manifestação do coco de roda, o projeto resgata, preserva e dá visibilidade aos saberes tradicionais e populares que fazem parte da construção da identidade da cultura local.
“O coco de roda é uma cultura ancestral que perpassa uma herança cultural do povo negro, do povo indígena, que compõe essa cultura, então falar disso é falar de visibilidade, de direito a cultura, é falar de memória e história e principalmente de reparação acerca do protagonismo das populações negras aqui na Amazônia” ressaltou Andarilha, gestora cultural e responsável pelo projeto.
Para alcançar todos os públicos, o projeto contou ainda com intérprete de libras e com uma estrutura pensada para atender o público pcd, desde a confecção do material de apoio para as aulas até a escolha do local para receber os participantes.
Aula de encerramento
Para celebrar a conclusão de mais uma edição do projeto, o Cocada Baré se apresentará com os alunos participantes na Praça Paulo Jacob, no centro de Manaus, a partir das 18h00, neste sábado. Durante a roda de coco, serão tocadas músicas tradicionais e referências da manifestação cultural.
Fotos: Jessica Oliveira