Conexão Amazônica
ECONOMIA

Codese defende retomada da atividade econômica

Publicidade

Em carta endereçada ao governador Wilson Lima, entidade solicita a reabertura das empresas

Em reunião extraordinária virtual do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (CODESE Manaus), ocorrida nesta quarta-feira (20), as 18 entidades participantes da plenária acordaram o envio de uma carta ao governador do Estado, Wilson Lima, solicitando a retomada planejada das atividades econômicas com os devidos cuidados profiláticos e sanitários, buscando conter falências de empresas e elevado desemprego que assolaram a capital.

Publicidade

A entidade, sem fins lucrativos que planeja Manaus até 2038, reconhece a importância das medidas de restrição para minimizar a proliferação do novo coronavírus, que iniciaram no mês de março e se prolongam até o dia 31 de maio, mas enfatiza no documento as conseqüências financeiras e sociais do isolamento social. “O Governo do Estado tem se mostrado sensível a essa situação e tem consciência que a proteção social depende também da atuação pujante do setor produtivo, gerador de emprego, renda e desenvolvimento. Quando uma empresa, por menor que seja, é obrigada a fechar as suas portas de forma definitiva, vão junto dezenas, centenas ou até milhares de vidas condenadas ao subemprego ou, pior, sem perspectivas, a se aliar ao mundo do crime”, destacou o documento.

A manifestação foi baseada em dados nacionais e regionais que têm causado inquietação na sociedade organizada. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta, que neste mês de maio, 517.162 pessoas deram entrada no seguro desemprego no Brasil. A maioria destes trabalhadores da economia formal apresenta faixa salarial de ganhos que oscila de 1,5 a 3 salários mínimos. A União gastou com este pagamento, nos 20 dias do mês de maio, mais de R$ 2,5 bilhões.

No Estado do Amazonas, 5.145 pessoas pediram o seguro desemprego, em maio, sendo 1.895 trabalhadores do setor de serviços, 1.390 do comércio e 1.285 do industrial e 533 da construção civil. “Os segmentos têm sido afetados pela paralisação da cadeia produtiva, queda na demanda por seus produtos e serviços. Com o mercado estagnado em decorrência do isolamento, o faturamento caiu drasticamente e as empresas não têm conseguido manter os funcionários. As demissões não afetam apenas os desligados, mas famílias inteiras que, por enquanto sobrevivem do seguro desemprego, mas até quando?”, ponderou o presidente do CODESE Manaus, Romero Reis.

A carta da entidade reitera ao chefe do Poder Executivo, que reflita sobre a queda no número de infectados e mortos, assim como os ganhos a partir do retorno maciço das empresas. “No momento em que os números demonstram um declínio no uso de instalações hospitalares e de óbitos, especialistas são unânimes em apontar que a expressiva contaminação de semanas atrás produziu a imunização natural da população. Esse é um veemente apelo para que Vossa Excelência se sensibilize e evite danos irreparáveis a já combalida economia de nossa capital. Por trás dos números e gráficos, existem famílias que dependem de seus empregos para garantir sua dignidade e esperança em dias melhores. Assim, manifestamos nosso desejo que, a partir da autorização do Governador, o próximo dia 31 de maio seja vista com a data em que o Amazonas reencontrou seu caminho, deixando esse difícil capítulo de nossa história para trás, afinal, sem trabalho, produção, geração de emprego, de riqueza e arrecadação, não tem solução” finaliza o documento.

CODESE Manaus

O CODESE Manaus é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, sem vínculo político-partidário ou religioso, formada pela sociedade civil organizada, por intermédio de entidades representantes e representativas de segmentos capazes de contribuir para o planejamento e busca de soluções para o futuro da cidade de Manaus.

A entidade foi criada, em Manaus em 2018, com a finalidade de possibilitar que a sociedade se torne protagonista do futuro da cidade, elaborando e atualizando, de forma contínua e participativa, planos, estudos, projetos e iniciativas decorrentes de tais propósitos. É composta pela Associação Brasileira de Agências de Viagens do Amazonas (ABAV), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-AM), Associação Comercial do Amazonas (ACA), Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), Associação de Delegados de Polícia do Estado do Amazonas (Adepol-AM), Associação de Jovens Empresários do Amazonas (AJE-AM), Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU-AM), Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Conselho Regional de Administração do Amazonas (CRA-AM), Conselho Regional de Contabilidade do Amazonas (CRC-AM), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM), Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado do Amazonas e Roraima (Creci AM/RR), Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-AM , Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Grande Loja Maçônica do Amazonas (Glomam), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Associação PanAmazônia, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amazonas (Sebrae-AM) e Sindicato das Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM).

Publicidade

Leia mais

Preço da cesta básica aumenta em 15 de 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em março

elayne

Recuperação econômica da zona do euro perde força em agosto, diz PMI

elayne

Pagamento da 2ª parcela do auxílio emergencial ultrapassou 30 milhões de trabalhadores informais

elayne

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais