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SAÚDE

Com vacinação, mortes e internações de idosos caem 76% no país

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Brasileiros com 60 a 69 anos, antes os mais vitimados pela covid-19, tiveram queda de 74% nas internações e 76% nas mortes 

Desde o início da vacinação no Brasil, em 17 de janeiro, a idade dos mortos e internados por conta da covid-19 diminuiu consideravelmente, com a taxa de vítimas entre os idosos – especialmente entre aqueles de 60 a 69 anos – despencando desde o auge da segunda onda da pandemia.

É o que indicam os dados do início de janeiro até julho deste ano do SIVEP-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe), do Ministério da Saúde, que foram analisados pelo R7. O banco compila informações sobre as vítimas de SRAG (Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda), das quais especialistas calculam 98% dos casos causados pela covid-19.

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O grupo entre 60 e 69 anos, antes o mais vitimado pela SRAG, teve redução de 74% da média móvel internações e de 76% de mortes entre o final de março e o início de abril, o pico da segunda onda. Agora, são os brasileiros de faixas etárias até três décadas mais novas (59 a 50, 49 a 40 e 39 a 30) que estão com as maiores taxas de internados.

Em relação aos óbitos, estas duas faixas etárias de meia idade mantêm protagonismo. São os brasileiros de 50 a 59 anos que morrem mais, enquanto os dez anos mais novos estão em patamares similares aos idosos com 60 e 70 anos.  

“O fato de ter caído a mortalidade e as internações e o número de casos não significa que a situação está boa. Nós estamos ainda em níveis muitos altos, em comparação com o ano passado, inclusive, e a outros países. Então a nossa situação é muito grave” comentou Guilherme Werneck, epidemiologista e professor da UFR.

 Em comum, todos as faixas tiveram um aumento anormal durante o auge da segunda onda da covid-19 no Brasil, entre o final de março e início de abril. Os dois meses foram os mais letais da pandemia e fizeram explodir o número de mortos e internados, principalmente entre brasileiros com 60 anos. 

Neste período, o ritmo de vacinação ainda era muito lento e poucos brasileiros nos grupos prioritários tinham recebido as doses. Com a disseminação da variante Gamma (P1, do Amazonas) do novo coronavírus por todo o território nacional o resultado foi de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) lotadas em todos os estados e recordes diários de mortes.

Nas semanas seguintes ao colapso hospitalar, a aplicação de doses saltou de 14,3 milhões de brasileiros vacinados em março para 23,5 milhões em abril, seguida de 21,2 milhões em maio e fechando com 32,5 milhões em junho, total de 77,3 milhões nos três meses seguintes.

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