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Começa terceiro dia de audiências do caso Bruno e Dom

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Neste terceiro dia, a sessão ocorre apenas em formato virtual.

Começou, nesta quarta-feira (22), o terceiro dia de audiências de instrução e julgamento sobre o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips. Neste terceiro dia, a sessão ocorre apenas em formato virtual.

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As audiências recomeçaram por volta das 8h30, horário de Tabatinga (10h30 no horário de Brasília).

Para esta quarta, estão previstos os depoimentos de um delegado da Polícia Civil, de dois delegados da Polícia Federal e de um advogado da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Todas as quatro testemunhas serão ouvidas por videoconferência.

O interrogatório dos três réus será remarcado para outra data.

Os trabalhados começaram na segunda-feira (20). No entanto, problemas na internet atrasaram o início da sessão e apenas uma testemunha de acusação depôs no primeiro dia.

Já na terça-feira (21), a Justiça ouviria quatro testemunhas de acusação, mas colheu os depoimentos somente três.

O segundo dia também foi marcado por problemas técnicos. Isso porque, minutos após o início, a sessão precisou ser suspensa devido à falta de energia elétrica em Tabatinga. Após o gerador de energia do prédio da Justiça Federal ser ligado, a audiência foi retomada.

Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para os acusados irem a júri popular.

As audiências estavam marcadas para ocorrer nos dias 23, 24 e 25 de janeiro, mas não aconteceram por problemas técnicos, conforme informações da Justiça Federal no Amazonas.

Entenda o caso

Segunda maior reserva indígena do país, o Vale do Javari teve o grave problema da insegurança exposto após os assassinatos de Bruno e Dom. Eles desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.

De lá, seguiriam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais dos dois foram encontrados em 15 de junho. As vítimas teriam foram mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos santos”, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foram presos suspeitos de cometerem os assassinatos.

Além dos três acusados, no fim de janeiro, a Polícia Federal (PF) apontou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, como o mandante dos homicídios.

Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele chegou a ser solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro. A prisão foi decretada novamente pela Justiça Federal após ele descumprir condições impostas quando obteve liberdade provisória. Colômbia também é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.

Segundo as investigações, “Colômbia” tinha relação direta com Amarildo. No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia também será indiciado.

— Foto: Rôney Elias/Rede Amazônica

Por g1 AM

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