Reunião na sexta confirma acordo que prevê Aziz e Calheiros como presidente e relator. Senadores trabalham com reuniões semi-presenciais e plano de trabalho aprovado na terça seguinte.
Em reunião na última sexta, com a participação de 7 dos 11 integrantes titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, os senadores confirmaram o acordo segundo o qual Omar Aziz (PSD/AM) será o presidente, Randolfe Rodrigue (Rede/AP), o vice, e Renan Calheiros (MDB/AL), designado relator. O grupo é apelidado de G7. “Ao vetar o nome do Renan, o Bolsonaro o elegeu, porque qualquer outro que aceitasse levaria logo o carimbo de chapa-branca”, comenta interlocutor do grupo que acompanha pessoalmente as articulações.
O grupo também prevê a instalação da CPI nesta quinta-feira, com a eleição do presidente e vice, e a seguir, a designação do relator. Calheiros chega a Brasília apenas na véspera da instalação. Os planos já prevêem a apresentação dos planos de trabalho do relator na terça-feira seguinte.
Entre os pontos arrolados para apuração estão: a falta de planejamento para a compra de vacinas, a adoção de medicamentos de eficácia não comprovada contra a Covid-19, a crise de abastecimento de oxigênio hospitalar no Amazonas e de medicamentos do kit-intubação – considerados os aspectos mais críticos da gestão federal da pandemia.
Integrantes da comissão listam entre os primeiros convocados para depor e até para acareações os ex-ministros da Saúde, principalmente Eduardo Pazuello. O general se declara à disposição da CPI, e prepara documentação semelhante à apresentada em depoimento à Polícia Federal sobre o tema – conforme o blog antecipou.