O pedido alcançou a adesão de 18 vereadores e a admissibilidade da criação será analisada pela procuradoria do parlamento
Após o feriadão de Carnaval, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) deve abrir uma nova Comissão Especial Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a concessionária Águas de Manaus.
O objetivo da CPI é vistoriar o trabalho executado pela concessionária, como a cobrança de taxa de esgoto em locais que não têm o serviço, além de reajustes feitos pela empresa.
O pedido de investigação será avaliado pela procuradoria da CMM, responsável por analisar os critérios da CPI dentro do regimento interno. Se for instalada, a CPI terá sete vereadores membros.
“Estou encaminhando para a Procuradoria para análise de admissibilidade. Tão logo esse processo de análise finalize, iremos instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito e daremos a ela todo o suporte necessário”, afirmou o presidente da Casa Legislativa, Caio André (PSC).
Na sessão plenária de quarta-feira (15), o trio de vereadores Bessa (SD), Rodrigo Guedes (Republicanos) e Thaysa Lippy (PP) apresentou à Mesa Diretora da CMM o pedido de criação da CPI. Para que fosse protocolado o pedido, eram necessárias 14 assinaturas e 18 vereadores apoiaram a CPI.
Além Bessa, Rodrigo e Thaysa, assinaram a criação da CPI os vereadores Allan Campelo (PSC), Caio André, Carpê (Republicanos), Diego Afonso (UB), Everton Assis (UB), Glória Carrate (PL), Ivo Neto (Patriota), Jaildo Oliveira (PCdoB), João Carlos (Republicanos), Lissandro Breval (Avante), Marcelo Serafim (PSB), Márcio Tavares (Republicanos), Jaqueline (UB), Rosivaldo Cordovil (PSDB) e William Alemão (Cidadania).
Outro pedido fracassou
O vereador Sassá (PT) foi o primeiro a propor uma CPI contra a Águas de Manaus, mas só conseguiu reunir 13 assinaturas. O petista disse que vereadores assinaram o novo requerimento por pressão popular.
“A população e a imprensa são testemunhas da luta que travei e do quanto fui perseguido por defender essa causa. Mas valeu a pena, agora a Águas de Manaus terá que se explicar. Não se importa se com a minha proposta ou com a outra, eu nunca tive a intenção de ser o dono da CPI”, disse.
A nova solicitação surgiu dois dias após Sassá trocar acusações com Marcelo Serafim no plenário da CMM. O motivo do desentendimento foi a CPI que Sassá propôs e estava suplicando por assinaturas.
Outro lado
A Águas de Manaus esclareceu que mantém diálogo constante com vereadores e demais órgãos fiscalizadores e que está à disposição para prestar informações sobre os seus serviços.
A concessionária informou que investiu aproximadamente R$ 1 bilhão e fez com que a Manaus se tornasse a cidade do Norte e Nordeste que mais investiu em saneamento básico nos últimos quatro anos.
“Também é a capital brasileira que mais ampliou o acesso à água tratada, chegando à universalização do serviço, chegando até regiões vulneráveis, como becos, palafitas e rip-raps. O esgotamento sanitário cresceu em 40% e a cidade é a que mais avançou no país em coleta total de esgoto. O serviço segue em expansão na cidade. A concessionária também reforça que vem cumprindo integralmente todas as metas contratuais previstas”.
LARISSA CAVALCANTE
Fonte: REDAÇÃO TH