Rampa, calçada adaptada, elevador. Na busca pela inclusão e pela acessibilidade, a sociedade, hoje, preocupa-se mais com as questões arquitetônicas do que com atitudes pessoais que possam auxiliar, em algum momento, uma pessoa com deficiência. Essa é a temática que será abordada na palestra remota gratuita “Mitos e realidades sobre as pessoas com deficiência” que acontece nesta quarta-feira, 17.06, às 16h, em ambiente virtual da faculdade Martha Falcão. Os interessados em receber o convite para participação podem fazer inscrição por meio do link go.wyden.to/livesessions .
Atuando há mais de 20 anos com a temática, o professor do curso de Fisioterapia, Rafael Azamor, mestre em Ensino em Biociências e Saúde, explica que o debate é preciso ser feito atualmente gira em torno da questão “estamos preparados, como seres humanos, para receber a pessoa com deficiência?”.
“Temos diversas abordagens a respeito da inclusão, da integração da pessoa com deficiência na sociedade. Precisamos romper barreiras arquitetônicas, que são importantes, mas de que adiante se não rompermos com as ‘barreiras atitudinais’? Sabendo como ajudar, como abordar, muitas vezes uma gentileza quebra essa barreira da falta de acessibilidade, diferente do contrário: de que adianta ter um elevador e rampas adaptadas se as pessoas não sabem lidar com a deficiência?”, explica Azamor.
Para isso o professor separou diversas imagens e vídeos, além de cases e definições utilizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o tema. Rafael Azamor acumula a experiência de ter realizado capacitação com mais de 7 mil rodoviários na cidade do Rio de Janeiro, além de taxistas com automóvel adaptado para atenderem o usuário com deficiência. Além disso, Azamor atuou, junto à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro (RJ) no treinamento de profissionais do ramos de hotelaria, turismo e eventos que atuaram durante os jogos Pan-americanos e para Pan-americanos.
“Vamos tentar desmistificar esses pré-conceitos que temos que, muitas vezes, denigre o próprio ser humano. Orientar melhor e informar melhor a sociedade sobre quem é a pessoa com deficiência pode contribuir muito mais com reflexões que as pessoas possam ter do que necessariamente conhecimento e respostas prontas”, explica.
Reabilitação
Mestre em Ciências da Reabilitação Neurofuncional, a professora Camila Porto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é a convidada das turmas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da faculdade Martha Falcão desta quinta-feira, 18.06, para falar sobre “Implicações Sensoriais na prática terapêutica”, às 19h. A palestra é aberta e gratuita para inscritos pelo link go.wyden.to/livesessions .
Na ocasião, ela apresentará abordará as disfunções sensoriais e como a falta de percepção desse contexto pelo terapeuta pode interferir no desempenho do paciente e, conseqüentemente, no resultado da reabilitação. “Citarei um artigo que mostra que nem sempre isso é avaliado, ou se é, nem todos os aspectos são analisados e isso ocorre pela dificuldade em se encontrar instrumentos de avaliação que não sejam pagos e que abordem exclusivamente a parte sensorial: do corpo como um todo e todos os aspectos”, explica.
A abordagem do aspecto familiar, conversar com a família, cuidadores, entender o comportamento cotidiano do paciente pode ajudar a entender a como isso afeta tanto no dia a dia dele, como durante a reabilitação. “Também vamos apresentar um instrumento clínico para avaliação de sensibilidade e apresentar alguns artigos que utilizaram esse instrumento na sua metodologia”, explica.