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Defensoria do Idoso retoma atendimento presencial voltado às pessoas com 60 anos ou mais

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Unidade funciona no núcleo da Casa da Cidadania, na rua 2, nº 7, conjunto Celetramazon, Adrianópolis, zona centro-sul, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h

A Defensoria Pública Especializada em Atendimento ao Idoso retomou o atendimento presencial voltado às pessoas com 60 anos ou mais. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, no núcleo da Casa da Cidadania, localizado na Rua 2, nº 7, conjunto Celetramazon, Adrianópolis, zona centro-sul.

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Os idosos podem ser atendidos sem agendamento prévio, e há também a opção de agendar o atendimento pelo número 129 e escolher entre ser atendido de forma presencial ou de forma virtual, por meio do aplicativo Telegram. O 129 é um serviço telefônico gratuito que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

“Por entendermos que muitos dos nossos assistidos têm dificuldade para acessar meios digitais de comunicação, sempre orientamos a virem presencialmente ao núcleo, e sem necessidade de agendamento prévio. Como os nossos casos se tratam de idosos em situação de vulnerabilidade, sempre agilizamos o processo para atender a demanda o mais rápido possível”, explica o defensor público Ali Assaad, que atua na Defensoria do Idoso.

O aposentado José*, de 72 anos de idade, procurou atendimento da Defensoria nesta semana. A mulher dele está acamada há três anos e necessita de cuidados especiais de alto custo financeiro. Ele procurou a Defensoria para buscar um acordo para que os filhos contribuam financeiramente e pessoalmente com os cuidados dedicados à mãe.

“Arco com tudo sozinho, só eu e minha esposa, que tem 71 anos de idade, com a aposentadoria dela. Ela é acamada há três anos e três meses, só ouve, vive em cima de uma cama hospitalar com todo o suporte, com cuidadora, com tudo pago por mim e por ela própria, com a nossa aposentadoria, que é um nada. Temos uma cuidadora durante o dia, outra durante a noite e uma para o domingo. O custo é muito alto”, explica José*.

O aposentado afirma que está tentando entrar em acordo com os filhos, com a intermediação da Defensoria, para que eles o ajudem financeiramente e com maior suporte para a mãe. Atualmente, os filhos se revezam para cuidar da mãe apenas uma vez por semana, enquanto José* fica com a esposa todos os dias, indo dormir às 2h e acordando às 5h40.

Em maio será realizada uma audiência de conciliação com o objetivo de firmar um acordo. “Não tenho como dar conta sozinho, cuido de tudo, cuido da casa e dou suporte para a cuidadora do dia e para a cuidadora da noite” diz José*.

O aposentado também afirma que é muito importante ter uma Defensoria com atendimento especializado para os idosos. “Ouvi falar daqui e vim hoje. Fui muito bem atendido e bem orientado. É muito importante para termos um apoio, um local para onde possamos correr. E aqui encontrei um apoio. Tenho certeza que a gente vai conseguir entrar em acordo”, acrescentou.

O defensor Ali Assad explica ainda que qualquer caso que chegue por encaminhamento de outras instituições de assistência aos idosos também será atendido sem necessidade de agendamento.

Principais demandas

De acordo com o defensor, entre as principais demandas atendidas estão questões relacionadas à divisão de cuidados dos filhos com os idosos.

“A maioria dos nossos atendimentos é relacionada a filhos de idosos que cuidam sozinhos de seus pais, pois, por algum motivo, de forma transitória ou permanente, esses idosos não conseguem expressar sua vontade própria ou realizar atividades básicas da vida”, explica o defensor.

Para essas demandas, são realizadas audiências extrajudiciais diárias junto ao defensor para dividir os cuidados e gastos com o idoso. As audiências contam com uma assistente social, caso seja necessário, além de uma equipe para dinamizar o andamento.

Também são atendidos casos de curatela – quando o idoso não consegue mais expressar sua vontade própria e necessita de alguém que o represente perante as instituições públicas e privadas.

Outros casos são relacionados à pensão alimentícia a que têm direito os idosos que não conseguem se manter sozinhos financeiramente. Muitos idosos se mantêm apenas com uma aposentadoria, ganham apenas um salário mínimo e não conseguem se manter, ou não são aposentados.

Nesses casos são realizadas audiências de conciliação para tentar conscientizar os filhos de ajudar os idosos com o pagamento de um valor de pensão alimentícia. Quando o acordo não é possível, a Defensoria ingressa com uma ação de alimentos na Justiça para que os filhos sejam obrigados a pagar a pensão alimentícia.

Além disso, são atendidos também casos de violência contra o idoso, quando se necessita de uma medida protetiva de direito contra o agressor, assim como denúncias contra pessoas que de alguma forma interfiram no bem-estar do idoso.

 FOTOS E IMAGENS: Evandro Seixas/DPE-AM

*Agência Amazonas

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