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Defeso da Piracema proíbe pesca comercial até janeiro de 2026

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Desde 1.º de outubro está em vigor o período de defeso da piracema, que proíbe a pesca comercial em todo o país até 31 de janeiro de 2026. A medida tem como objetivo proteger o ciclo de reprodução dos peixes e garantir a conservação dos rios e lagos brasileiros.

Durante o defeso, apenas a pesca de subsistência, feita sem embarcação motorizada, é permitida. A venda e o transporte de peixes capturados na natureza estão proibidos. Só podem ser comercializados peixes de criadouros licenciados ou pesque-pague.

A restrição vale para rios das bacias do Paraguai, Amazonas e Araguaia-Tocantins, especialmente em áreas como barragens, cachoeiras e confluências de rios. Cada estado tem o seu próprio calendário, definido de acordo com o ciclo reprodutivo das espécies locais.


O que é a piracema

A palavra “piracema” vem do tupi e significa “subida dos peixes”. Nesse período, os peixes nadam contra a correnteza para se reproduzirem. Esse processo é essencial para manter o equilíbrio ecológico e garantir a continuidade das espécies.

Segundo Bianca Larissa de Mesquita Sousa, coordenadora do Ministério da Pesca, o defeso é importante para “permitir a desova e o nascimento de novos peixes, assegurando a reposição natural dos estoques e o futuro da pesca”.


Seguro-defeso para pescadores

Durante a paralisação, pescadores artesanais têm direito ao seguro-defeso, um benefício mensal de um salário mínimo. Para receber, o trabalhador deve:

  • Viver exclusivamente da pesca;

  • Estar inscrito no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP);

  • Ter a Licença de Pescador Profissional válida;

  • A partir de dezembro de 2025, possuir também a Carteira de Identidade Nacional (CIN).

Bianca Sousa lembra que o respeito às regras do defeso é “um compromisso com a sustentabilidade” e que o seguro garante condições para que o pescador cumpra a pausa sem perder o sustento.


Fiscalização e punições

Quem desrespeitar o defeso comete crime ambiental e pode ser punido com detenção de até três anos e multas de R$ 700 a R$ 100 mil, além de R$ 20 por quilo de pescado apreendido. Barcos, redes e motores também podem ser confiscados.

O governo federal reforçou a fiscalização e criou novas regras para o seguro-defeso, com o objetivo de evitar fraudes e garantir que o benefício chegue apenas a quem tem direito.

Foto: Reprodução

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